Denunciado pelo filho, pai paga fiança e será investigado por chutar barriga de pet

Em audiência de custódia nesta terça-feira (9/4), a Justiça de Limeira (SP) concedeu liberdade provisória a um homem que foi detido por maus-tratos a animal de estimação após denúncia feita pelo próprio filho. Ele pagou fiança de meio salário mínimo (R$ 706) e será investigado pela Polícia Civil em liberdade.

Os fatos aconteceram na residência da família no início da manhã de segunda-feira (8). O filho, de 19 anos, procurou a polícia e relatou que acordou com os gritos da mãe e o choro de sua cachorra de estimação. Soube que os pais tiveram uma discussão e estavam muito nervosos.

Ele questionou a mãe sobre a reação do pet e foi informado que o pai, devido à discussão, chutou a barriga do animal com a sua bota de trabalho. Ele também teria tentado fazer o mesmo com a outra cadela, mas não conseguiu. O rapaz socorreu o pet e viu que a barriga estava inchada em razão do chute. O animal foi levado até um veterinário.

À polícia, o filho relatou que o pai é agressivo e violento, chegou a quebrar objetos da casa em outras oportunidades e já ameaçou agredir as cachorras. Diante da narrativa, a polícia deslocou dois investigadores, que localizaram o pai em seu local de trabalho.

O homem foi convidado a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos e acabou preso em flagrante por crime de maus-tratos. No depoimento, o pai disse que viu os pets brigando e tentou separá-los. Como não conseguiu, acabou chutando um deles para apartar o conflito. Sabia que o filho iria denunciá-lo e afirmou que não teve a intenção de machucar o animal.

O promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua opinou pela concessão da liberdade provisória, uma vez que o investigado não é reincidente, possui residência e trabalho fixos. A juíza Graziela da Silva Nery Rocha concordou, impôs a fiança e determinou medidas cautelares, como o comparecimento mensal em juízo e a comunicação prévia ao Judiciário em caso de ausência na comarca.

O pai já apresentou comprovante de quitação da fiança. A Polícia Civil deve concluir a investigação e enviar as informações posteriormente ao Ministério Público (MP), que poderá denunciá-lo criminalmente por maus-tratos a animal.

Foto: Pixabay

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