Conselho da Educação de Limeira defende ampliação de internet para aprendizado dos alunos

Em encontro realizado em 25 de março, o Conselho Municipal da Educação (CME) em Limeira aprovou nota técnica em que defende a realização de uma série de medidas para amenizar os impactos da pandemia no processo de aprendizado dos estudantes matriculados nas escolas de Limeira.

As medidas definidas pelo Conselho são levadas diretamente à Secretaria Municipal da Educação e outras autoridades governamentais. A manifestação se deu em discussão sobre as aulas presenciais e/ou remotas nas redes pública e privada. Toda a experiência vivida desde o início da pandemia foi levada em consideração e a principal preocupação do Conselho é assegurar o acesso adequado dos estudantes ao ensino remoto e a equidade neste processo.

Desta forma, o conselho defende a liberação dos pontos de wi-fi de todas as escolas e dos próprios públicos para a comunidade escolar, que possibilite o acesso na unidade e nas imediações; o direito de uso da plataforma Google Classroom sem custos ao Município; e o estabelecimento de parcerias com canais locais de TV e rádio com a finalidade de inclusão de conteúdos pedagógicos na grade de programação das emissoras.

Entre outras ações, também são citadas a oferta de internet patrocinada por meio de um chamamento público de cadastramento das operadoras de telefonia; a distribuição de pen-drive para quem tem computador, mas não acesso à internet; a distribuição por meio de parcerias com empresas, por exemplo, de equipamentos eletrônicos aos estudantes que não possuem nenhum destes aparelhos, entre outros.

Os professores não foram esquecidos pelo Conselho. O órgão acredita ser necessário capacitar os docentes para as novas demandas educacionais. Para isso, o conselho defende cursos on-line de formação sobre o uso de aulas remotas em ambiente virtual ou não; a elaboração de atividades para a plataforma on-line; uso de estratégias de ensino, ferramentas tecnológicas, entre outros; e o acompanhamento por técnicos formadores, por meio de grupos, em aplicativos de comunicação.

Sobre o aprimoramento do parque tecnológico das unidades escolares, o CME defende a ampliação do acesso à internet; distribuição/aquisição de equipamentos eletrônicos (tablet, notebook, celular, computador; câmera de vídeo).

Para o futuro, visando acelerar a aprendizagem e reduzir as desigualdades sociais, o conselho aposta em político pública que adote o ensino em tempo integral ou formas de ampliar o tempo de ensino, quer seja totalmente presencial ou de forma híbrida, com aulas e atividades remotas.

Para estudantes, público alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o ensino remoto traz desafios que, segundo o CME, devem ser minimizados por meio de acesso aos meios de comunicação disponibilizados pela unidade escolar e atividades com adequação e acessibilidade em relação às necessidades visuais, auditivas e cognitivas; acompanhamento individual por meio do professor especialista e de intérprete de libras; e orientação aos responsáveis quanto ao uso de recursos e desempenho das atividades.

O Conselho vê urgência na tomada destas decisões e cita que estudos apontam as perdas pedagógicas presentes na realidade de cada um dos estudantes. A Nota Técnica foi aprovada por unanimidade.

Foto: Divulgação/MCTIC

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