Computador pifa e Iracemápolis está sem monitoramento de nível dos reservatórios de água

A Prefeitura de Iracemápolis admitiu à Câmara Municipal que, por problemas de manutenção, não consegue fazer o monitoramento de nível dos reservatórios de água espalhados pelos bairros da cidade. O Executivo corre para finalizar uma licitação e retomar o monitoramento.

Em 31 de janeiro, os vereadores Jean Ferreira (Cidadania), Valdenito Almeida (PDT) e William Mantz (Podemos) perguntaram ao Executivo, por meio de requerimento, se as caixas d’água que abastecem a cidade possuem o sistema telemetria para controle de nível. Questionaram, ainda, se a estação de tratamento de água tem terminal para que operadores acompanhem o controle em tempo real.

Marcelo Menezes, chefe de Coordenadoria de Água e Esgoto de Iracemápolis, informou que a telemetria foi instalada para controlar as perdas do abastecimento de água. Os medidores estão na entrada de água bruta, na saída de água tratada da ETA e nas saídas das chamadas “caixas d’água”.

Também há sensores para o controle de nível dos seguintes reservatórios: “Pulmão” e reservatório de concreto do bairro Ometto Pavan; Reservatório Centro; Reservatório Jardim Iracema; Reservatório Paineiras; Reservatório Alvorada; Reservatório Amarelo do bairro Cidade Nova e Reservatório da antiga ETA. Ficaram de fora os reservatórios do Campo Verde, da nova ETA e da Cidade Nova, que não foram contemplados na época da contratação.

Sem manutenção prevista

Com a instalação da telemetria, Iracemápolis recebeu computador e monitor com programa específico para controle das medições. A licitação, porém, não inclui a manutenção destes equipamentos, que são sensíveis a raios e interferências no sinal.

O extravasamento de água nos reservatórios ocorre na queima dos sensores, fonte, desconfiguração e interferências no sinal de raio, bem como quando o computador trava. Sem uma empresa definida, toda vez que havia necessidade de reparo, a Prefeitura tinha de fazer orçamentos e ordem do serviço, o que implicava em demora na solução do problema.

O computador que monitorava o nível dos reservatórios “queimou” há poucas semanas. O setor de tecnologia da informação da Prefeitura trocou a placa e reinstalou o programa, mas o banco de dados se perdeu. Para piorar, a empresa responsável pelo sistema, Getesi, se “desmanchou”, segundo o Executivo, e seus funcionários trabalham de forma autônoma.

A Prefeitura fez contato e soube que a responsável pela área de software se desligou da empresa e não havia ninguém que fizesse tal tarefa. Com o impasse, a prefeita Nelita Michel (PL) decidiu pela abertura de licitação para contratar uma nova empresa e refazer os medidores que não funcionam, além de fornecer um novo software de telemetria e a manutenção dos equipamentos em todos os reservatórios.

Sem ninguém na Prefeitura de Iracemápolis com conhecimento técnico de telemetria, Nelita terá de contratar uma consultoria que avalie quais são os equipamentos mais adequados, o que é possível reaproveitar e que passe a descrição técnica para a montagem do termo de referência da licitação.

Uma funcionária da antiga Getesi se prontificou a auxiliar o Executivo nesta consultoria. “Estamos pedindo urgência em todo o processo, já que somos os principais interessados no reestabelecimento dessa ferramenta, que é muito importante para execução adequada de todos os trabalhos do serviço de água e esgoto”, finalizou Menezes no ofício.

Foto: Prefeitura de Iracemápolis/Arquivo

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