Comissão arquiva procedimento do Caso Assaí, mas quer debater racismo estrutural em Limeira

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Limeira optou por arquivar o procedimento que apurava a abordagem considerada constrangedora feita por seguranças do Assaí a um homem negro, de 56 anos, que tirou a roupa para mostrar que não havia furtado produtos da unidade, em episódio ocorrido no início de agosto.

O processo administrativo sobre o caso foi arquivado até que o interessado se manifeste, uma vez que não houve resposta da parte denunciante quando solicitado pela comissão. Os vereadores Betinho Neves (PV), João Antunes Bano (Podemos) e Isabelly Carvalho (PT) chegaram a convidar um representante do Assaí para falar sobre o assunto, mas ele pediu para ser ouvido em data diferente da reservada.

A comissão, em seguida, reservou o dia 30 de setembro para ouvir o denunciante, que não compareceu. Até que haja uma manifestação dele, os vereadores decidiram arquivar o procedimento. No entanto, para o assunto não ficar inerte na comissão, os parlamentares vão ampliar o debate sobre o racismo estrutural em Limeira.

Foram expedidos convites para que representantes da Frente Antirracista e do Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro (Comicin) participem da reunião do colegiado no próximo dia 21, às 10h30. 

O diálogo com as entidades, segundo a comissão, pretende angariar informações para que os vereadores possam “apresentar políticas públicas de combate ao racismo, de forma a evitar episódios como o que aconteceu” no início de agosto no Assaí.

Foto: Câmara Municipal de Limeira

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.