O nível do Rio Capivari continua subindo após dias consecutivos de chuva. Na manhã desta terça-feira (01/02), a régua de medição atingiu 4,25 metros. Segundo o prefeito Vitão Riccomini (PSL), é a maior cheia no município nos últimos 50 anos e os números ainda são contabilizados.
A perspectiva é de que nível continue subindo, já que Capivari recebe, neste momento, as águas que caíram em outros municípios. O prefeito pede para que os moradores não saiam de casa devido à falta de opções de locomoção. “É realmente um caos no trânsito”, disse. Ele afirmou que solicitou ao governo estadual reforço de bombeiros e duas equipes de Piracicaba se deslocam para Capivari com o objetivo de auxiliar nos trabalhos.
Até o final da noite desta segunda-feira (31/01), os abrigos da Prefeitura acolhiam 13 famílias na Escola Municipal Aldo Silveira, sendo 38 pessoas. No Ginásio de Esportes “Ronaldo Zaidan Pellegrini” (Ronaldão), estão mais 18 famílias, sendo 43 pessoas. Já no novo abrigo do bairro Santa Rita de Cássia (Trevo), na creche Alcinda Santos Proença, uma família foi acolhida, sendo seis pessoas. Ao todo, são 500 pessoas desalojadas.
Conforme o último boletim disponibilizado pela Prefeitura, as interdições ocorrem em trecho da rua André de Mello (Ponte Santoro), ponte Capivari x Salto (bairro Cancian), rua XV de Novembro (Centro), avenida Brigadeiro Faria Lima (Nova Aparecida), rua Franklina de Almeida Barros (Rossi), rua Bento Dias (Ponte do Shell), trecho da rua João Vaz (Centro), Cortume (Centro) e rua Padre Haroldo (Juventus), rua Miguel Assad (Nova Aparecida), rua 31 de Março (Nova Aparecida), avenida Dra Marlene do Carmo Rossi (sentido Cooperativa) e Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença – SP-101 (Brasilit).
A Prefeitura pede para que moradores das regiões próximas aos rios fiquem atentos e acione a Defesa Civil em caso de necessidade. As rotas opcionais para entrada/saída de Capivari são Rodovia Kanela Forti, Estrada Capivari/Mombuca ou via Rafard. A Defesa Civil pode ser contatada pelo telefone 199 ou (19) 3492-3186. A Guarda Civil atende pelo 153.
Nas redes sociais, moradores de Capivari relatam a dimensão da enchente. “Nunca vi isso, não dessa forma. Na real, tô com medo”, escreveu Valquiria Leme. “Meu Deus do céu, eu nunca vi nada igual”, apontou Daniele Groff. A Secretaria de Saúde informou que as consultas médicas que tiverem abstenções durante o período de enchentes serão remarcadas em função dos problemas de locomoção provocados pelos alagamentos.
Foto: Prefeitura de Capivari
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