Auxílio emergencial desviado em Limeira ia para conta de “laranjas” para dificultar rastreamento

A pedido da Polícia Federal, a 1ª Vara Federal de Limeira decretou a prisão preventiva de quatro investigados na Operação “Usurpador”, que desarticulou uma associação criminosa, instalada em Limeira, que desviou recursos públicos relativos ao auxílio emergencial entre maio de 2020 e junho deste ano.

O principal envolvido foi preso temporariamente em 18 de julho por desvios que chegaram a R$ 17 mil. Ele teve a prisão convertida em preventiva no dia 22 a partir de novos indícios, colhidos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no último dia 20, quando a PF esteve em Limeira.

A PF apontou que ele e os demais investigados ocultaram e destruíram provas. Novos elementos foram trazidos à investigação sobre a continuidade dos crimes, com identificação de mais vítimas que tiveram auxílios emergenciais sacados ilegalmente em junho. No dia 23, os federais tentaram cumprir os mandados de prisão preventivos decretados contra os outros três envolvidos, mas sem sucesso. Segundo a PF, eles continuam foragidos.

A investigação apontou que as fraudes ocorriam por meio da inserção de dados falsos, mediante utilização indevida da identidade daqueles que tinham direito ao benefício, no aplicativo “CaixaTem”, da Caixa Econômica Federal.

Em seguida, eram criadas contas no Mercado Pago, em nome de “laranjas”, com objetivo de dificultar o rastreamento e identificação dos fraudadores. Diversas operações financeiras eram realizadas até a subtração dos valores.

Conforme a PF, os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e de furto qualificado mediante fraude, previstos, respectivamente, nos artigos 288 e 155, §4º, inciso II, do Código de Penal, com penas que variam de 1 a 3 anos e de 2 a 8 anos de reclusão, respectivamente.

Foto: Polícia Federal

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