E.V.S.D. foi julgado nesta quarta-feira (10/4) em Limeira pelo crime de tentativa de furto qualificado (mediante abuso de confiança). O alvo dele foi a própria empresa onde ele trabalhava e o crime apenas não se consumou porque seu gerente o deteve.
Em setembro do ano passado, o réu entrou num local da empresa que é reservado para o descarte de tubos de cobre. De lá, ele saiu com mais de um quilo e meio do material escondido numa blusa. No entanto, o gerente percebeu o furto pelo sistema de monitoramento e foi questionar o funcionário.
E., que trabalhava no local havia cerca de seis meses, inicialmente assumiu o crime e tentou fugir num carro, mas o gerente conseguiu tirar as chaves do contato e o deteve até a chegada dos policiais. O Ministério Público (MP) pediu a condenação dele por tentativa de furto qualificado e a ação tramitou na 1ª Vara Criminal.
Em juízo, o réu negou a tentativa de furto. Disse que naquele dia tinha voltado de um serviço externo e sempre sobrava um retalho. Quando soube que era para descarte, achou que podia levar embora. Negou que tentou fugir.
Quem analisou a ação foi o juiz auxiliar Wilson Henrique Santos Gomes e, para o magistrado, a autoria do crime foi comprovada. “A afirmação exculpatória não é verossímil, isso porque, não é razoável que alguém que trabalhava por 6 meses, inclusive com progressão funcional, não saiba a forma de procedimento interno, que foi bem delineado pela testemunha. O local de descarte não era para coisas abandonadas, jogadas fora, tal qual res derelicta, mas local para acúmulo e revenda do metal que é tem alto valor comercial. Não há falar em insignificância na hipótese, pois o valor do bem não é ínfimo, bem como poderia servir para instalação de um sistema de ar-condicionado”, mencionou na sentença.
E. foi condenado à pena de um ano, sete meses e seis dias de reclusão e pode recorrer em liberdade.
Deixe uma resposta