Dois réus acusados de envolvimento com a morte de Jefferson Divino Araújo Weber, em fevereiro de 2018, em Limeira, tiveram destinos diferentes após julgamento feito pelo Tribunal do Júri no último dia 7. Para os jurados, um deles não teve culpa no homicídio do jovem, enquanto que o outro foi condenado.
Jefferson tinha 25 anos quando desapareceu no dia 11 daquele mês. Após alguns dias, familiares dele receberam uma denúncia anônima e foram informados sobre o local onde estava o corpo do rapaz, numa área de mata no Jardim Ouro Branco. Ele foi vítima de uma sequência de agressões violentas, com golpes na cabeça e tórax, fato que ocasionou politraumatismo e evolução a óbito.
Durante as investigações, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) chegaram ao nome de duas pessoas: J.A.C. e E.F.R.. Os policiais concluíram que a vítima teve uma desavença com J., que seria o responsável por uma biqueira de entorpecentes naquela região, e que E. e um terceiro não identificado teriam matado Jefferson a pedido o primeiro réu.
Os dois acabaram presos e denunciados pelo Ministério Público (MP) pelo crime de homicídio qualificado (motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). A pronúncia de ambos ocorreu em 27 de maio do ano passado e, na ocasião, J. negou o crime, que conhecia o outro réu apenas de vista e não mantinha qualquer contato com a vítima ou seus familiares. E., por sua vez, mencionou que era amigo da vítima e que estava com Jefferson e um outro rapaz durante a madrugada, num ponto de tráfico, quando houve uma abordagem policial. Descreveu que correu e ouviu gritos da vítima. Mencionou que essa foi a última vez que teve contato com Jefferson.
Durante o julgamento, os jurados acolheram parcialmente a acusação do MP. Para eles, não ficou comprovado o envolvimento de J. no crime e ele foi absolvido. Porém, a defesa de E. não convenceu e ele foi considerado culpado.
O juiz Rogério Danna Chaib o sentenciou a 14 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado. Cabe recurso.
Foto: Pixabay
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