S.T.D. foi condenado na última quinta-feira (12) pela Justiça de Limeira por um roubo que cometeu no dia 28 de dezembro do ano passado. Antes da sentença, ele mencionou em juízo que “queria pedir perdão” à vítima, uma mulher funcionária numa oficina mecânica.
O crime ocorreu pela manhã, às 8h, no estabelecimento que fica no Jardim Piratininga. A vítima descreveu que o réu entrou no estabelecimento e pediu duas velas automotivas emprestadas, mas a funcionária informou para ele aguardar porque o mecânico estava ausente.
S. agiu depois que um cliente deixou o estabelecimento. Foi até onde estava a funcionária, simulou estar armado, pediu o celular dela, revirou gavetas até encontrar outro telefone e, antes de fugir, mandou a vítima entregar a aliança, mas ela negou e ele fugiu numa bicicleta. Minutos depois, a Polícia Militar o prendeu em flagrante.
Na fase policial, ele confessou que pegou os celulares, mas negou ameaças e o crime de roubo. Alegou que pegou os celulares quando a vítima estava distraída fazendo o café e que cometeu o delito para comprar drogas. No entanto, em juízo, assumiu o roubo e disse que queria pedir perdão à vítima, pois estava arrependido e invadiu o comércio para tomar água. Ele mesmo descreveu que todo o relato dos policiais era verídico.
Ao analisar o caso, o juiz Ricardo Truite Alves não considerou a desclassificação para o crime de furto ou tentativa de roubo. “O conjunto probatório é harmônico, robusto e conclusivo quanto à materialidade e a autoria do crime de roubo imputado. O roubo se consumou, porquanto o réu logrou inverter a posse sobre os bens subtraídos, tanto do celular da vítima Danielli quanto do aparelho pertencente à oficina. Como é sabido, o roubo se consuma no momento da inversão da posse, cessada a violência ou grave ameaça empregada”, citou na sentença.
S. foi condenado à pena de seis anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado. Cabe recurso.
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