A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Limeira protocolou, no início da noite desta segunda-feira (24/04), dois projetos de resolução que fixam os subsídios para agentes políticos de Limeira – vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários – a partir de 2025. O salário dos parlamentares vai subir dos atuais R$ 8.050,00 para 14.877,93, um aumento de 84%.
O subsídio do presidente da Câmara – cargo ocupado hoje por Everton Ferreira (PSD) – passará de R$ 8.874,50 para R$ 17.109,62. A proposta também cria um benefício hoje inexistente: o 13º salário. Caso a proposta seja aprovada e promulgada, os parlamentares receberão, em dezembro, o equivalente a um salário a mais. Sessões extraordinárias permanecem sem qualquer remuneração extra aos vereadores.
“Para que a atividade parlamentar se dê plenamente, é preciso que haja atrativo para que muitos mais cidadãos de bem desejem se candidatar a uma cadeira no parlamento municipal, podendo até deixar de lado sua profissão no setor privado para uma dedicação exclusiva à vida pública, na busca da solução dos inúmeros problemas inerentes à política, sempre crescentes pela própria dinâmica da sociedade, a exigir no futuro, com certeza, maior prontidão dos legisladores para a resolução necessária”, cita o projeto assinado por Everton, Isabelly Carvalho (PT), Lu Bogo (PL) e Tatiane Lopes (Podemos). Os valores valerão durante toda a próxima legislatura, que vai de 2025 a 2028.
O outro projeto altera os subsídios dos agentes políticos da Prefeitura. Hoje, o prefeito de Limeira – cargo ocupado por Mario Botion – recebe subsídio de R$ 23.078,66. O projeto eleva o valor para R$ 35.251,04. Já o cargo de vice-prefeito, hoje ocupado por Erika Tank, vai saltar dos atuais R$ 11.539,33 para R$ 17.625,52. Já os subsídios dos secretários vão aumentar de R$ 16.129,40 para R$ 24.636,52. O cargo de presidente do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), hoje ocupado por Maria Aucelia Damaceno, equivale ao de secretário.
O prefeito Mario Botion usou a Tribuna Livre para defender a valorização dos agentes políticos. Defendeu que não se beneficiará da medida – ele não poderá concorrer na próxima eleição – e reforçou que se trata de uma recomposição salarial. Falou que, se não houver o aumento, o próximo prefeito terá dificuldade de encontrar secretários, pois o mercado absorve profissionais qualificados.
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