Negociação esfria e servidores de Limeira decretam nova greve na segunda-feira

Em assembleia realizada no final da tarde desta quarta-feira (22/03), os servidores públicos municipais de Limeira aprovaram uma nova greve a partir da próxima segunda-feira (26/03). Segundo o sindicato que representa a categoria (Sindsel), as negociações com a Prefeitura estão estagnadas.

Pela manhã, a prefeita interina Erika Tank (PL) chamou o sindicato para uma nova reunião, mas não houve avanço. Ela informou que o Executivo tinha chegado ao máximo em sua proposta: aplicação do piso nacional do magistério retroativo a 1º de janeiro em 13,45%; 8% aos demais servidores; mudança de referência dos monitores em julho com 20%; Vale Alimentação para R$ 600, estendendo-o para servidores que ganham até três pisos da categoria, além da proposta de reajuste real de 2% em 2024, incidindo o mesmo percentual no Vale Alimentação.

No final da tarde, a categoria dos servidores presentes na assembleia rejeitou a proposta do Edifício Prada, especialmente por não atender a reivindicação de Vale Alimentação para todos e a gratificação de 10% a auxiliares gerais e merendeiras. Os funcionários públicos também cobram novas admissões para suprir os afastamentos por sobrecarga e desvios de função.

“A assembleia foi muito disputada e a direção entendeu, prudentemente, que a categoria não termine uma campanha salarial desunida, visto que professores ainda cobram 1,5% ao magistério, merendeiras e auxiliares gerais ainda suplicam por valorização e os trabalhadores de nível universitário aderiram e contribuíram ao movimento e não foram contemplados, solicitando extensão do vale para todos. Sou grata pelos avanços, mas a categoria precisa voltar unificada”, diz Nicinha Lopes, presidente do Sindsel.

Como o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o processo no qual a Prefeitura tinha obtido uma liminar para manutenção de 100% dos serviços considerados essenciais, a categoria ficou livre para deflagrar nova paralisação. O impasse judicial, agora, ficará sob responsabilidade do Órgão Especial do tribunal.

Foto: Sindsel

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