Limeirense perde mais de R$ 1 milhão em sites falsos de leilão

Está em investigação pela Polícia Civil de Limeira um caso de estelionato milionário praticado na internet. A vítima informou em boletim de ocorrência R$ 1.395.099,85 em prejuízo por compras em sites falsos de leilão.

Diversos equipamentos e veículos foram supostamente arrematados, depósitos efetuados nos termos determinados pelas empresas leiloeiras e envio dos respectivos termos de arrematação. Faltavam as referidas empresas de leilões enviarem as Notas Fiscais e demais documentos dos bens arrematados e pagos, e confirmar a efetiva entrega, o que não aconteceu.

Foi iniciada uma saga de cobranças por mensagens e ligações tendo como referência alguns poucos documentos que foram enviados. Entre algumas notas fiscais e autos de arrematação, foi verificado que tratavam-se de documentos inidôneos e os telefonemas não avançavam.

O prejuízo foi calculado e o caso registrado na polícia. A descrição da vítima foi de que os supostos leilões virtuais dos quais participou aparentavam ser idôneos e legais, já que as empresas se valeram de simulacros de sites oficiais induzindo a vítima a erro.

Toda a tramitação seguiu a ordem natural dos leilões lícitos, apresentação de propostas, lances, arremates, sendo que só se descobriu a inidoneidade diante da apresentação das notas fiscais frias, tendo sido verificado, inclusive, pelas diligências que se tem efetuado, que os bens arrematados pela vítima continuam a ser leiloados em site de leilão oficial.

Todos os documentos, conversas, telefones e outros dados aos quais teve acesso foram disponibilizados à polícia.

Alerta constante

Assim como em todos os segmentos no mundo virtual, criminosos também podem se passar por leiloeiros. No entanto, atenção redobrada pode evitar riscos de golpes. Leiloeiros precisam estar registrados nas juntas comerciais dos respectivos estados. A atividade só pode ser realizada por pessoas físicas.

Em São Paulo, a Jucesp disponibiliza em seu site oficial (www.jucesponline.sp.gov.br) uma aba “LEILOEIROS E TRADUTORES”. Nesta aba, é possível pesquisar os leiloeiros oficiais, além de tradutores e intérpretes públicos.

Recentemente, o Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu nota de alerta sobre golpes em falsos leilões, telefonemas, mensagens e sites. O TJ informou que quadrilhas especializadas em golpes costumam utilizar o nome, logotipo e/ou informações de empresas, escritórios de advocacia, bancos e instituições públicas, como o Tribunal de Justiça de São Paulo, para ludibriar o cidadão e praticar crimes diversos, seja através de telefonemas, mensagens por aplicativo, cartas ou mesmo com a criação de falsos sites de leilões.

“Não caia nessa! Fique atento às orientações. Se a fraude já foi consumada, é importante registrar boletim de ocorrência em uma delegacia, para que as autoridades policiais possam investigar o caso”, orienta. Para confirmar informações de documentos ou outras formas de contato do Judiciário paulista, ligue apenas para os telefones das unidades cartorárias disponíveis no site do TJSP. Pelo link http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicacao/ListaTelefonica/Default.aspx é possível fazer a busca por município, imóvel e setor.

No caso de Leilões, por meio do endereço www.tjsp.jus.br/auxiliaresjustica/auxiliarjustica/consultapublica, os cidadãos podem verificar se realmente o site do leiloeiro está na lista do TJSP e, mesmo que seja, é fundamental checar se o endereço do site ao qual teve acesso corresponde exatamente ao endereço do leiloeiro, pois os criminosos podem usar uma URL muito similar.

Outra dica é que, ao clicar no bem que está em leilão, os sites idôneos apresentam informações sobre o processo ao qual aquele objeto ou imóvel está relacionado. Geralmente há o número da ação, a vara e alguns documentos. De posse de tais dados, o interessado pode, ainda, entrar em contato com a unidade por e-mail para confirmar a veracidade do leilão.

Foto: Freepik

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