Justiça de Limeira decreta prisão preventiva de envolvidos em colisão que matou motociclista

Em audiência de custódia, a Justiça de Limeira decretou a prisão preventiva de dois homens que fugiram de abordagem policial, na última terça-feira (14/02), e se envolveram na colisão que matou a motociclista Fulvia Tatiane Casimiro Ramos, de 40 anos. Ela morava em Santa Bárbara D’Oeste e trabalhava em Limeira.

O acidente ocorreu por volta de 12h, na Avenida Ambrósio Fumagalli, no Parque Egisto Ragazzo. Policiais militares do Batalhão de Ações Especiais (BAEP) de Piracicaba estavam em patrulhamento quando viram um Honda suspeito – os ocupantes fecharam o vidro quando notaram os PMs.

O carro conduzido por E.S.N., de 39 anos, não parou em atendimento aos policiais e seguiu em disparada sentido Rodovia Anhanguera. No cruzamento das avenidas Ambrósio Fumagalli e Carlos Kuntz Busch, o carro desrespeitou a sinalização de parada obrigatória, avançou sobre o cruzamento e colidiu com a moto pilotada por Fulvia. Com o impacto, ela foi projetada ao solo e morreu.

A moto foi arrastada por alguns metros até que o carro parou. Quem desceu foi A.C.R., de 27 anos. Em seguida, E. seguiu sozinho com o carro, mas foi perseguido e preso 1 quilômetro adiante. Dentro do carro, foram localizados R$ 4.116 em dinheiro e drogas (14 gramas de cocaína e 215 gramas de maconha). Conforme apuração preliminar, o veículo tinha queixa de roubo em 24 de dezembro de 2022 no Rio de Janeiro (RJ) e tinha numerações adulteradas. Dois celulares em poder dos detidos foram apreendidos.

Ambos foram presos em flagrante. Nesta quarta-feira (15/02), a promotora Paula Alessandra de Oliveira Jodas apontou que os homens são multirreincidentes e pediu a prisão preventiva, por tempo indeterminado. E. e A. devem responder em conjunto pelo crime de tráfico de entorpecentes. A situação de E., condutor do veículo, é pior: ele também pode responder por homicídio culposo praticado na direção de veículo, desobediência, adulteração de sinal identificador de veículo e receptação.

Na decisão em que converteu as prisões em flagrante para preventivas, o juiz Ricardo Truite Alves descreveu a sequência de crimes e citou que a vítima, Fúlvia, deixou filhas e a mãe com quem convivia em Santa Bárbara D’Oeste. Ele apontou que a ocorrência “gerou comoção social em Limeira”.

“Dentre as medidas cautelares atualmente previstas, nenhuma é suficiente para acautelar a ordem pública de modo eficiente senão a própria segregação dos custodiados. Caso os autuados sejam colocados em liberdade, voltarão a delinquir, merecendo ser destacado que eventuais condições pessoais favoráveis não garantem a revogação da prisão preventiva quando há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia”, escreveu o magistrado.

Com a decisão, ambos permanecerão na cadeia. A Polícia Civil vai reunir todos os elementos do caso e, posteriormente, o Ministério Público (MP) deve oferecer denúncia criminal, onde apontará as responsabilidades de cada um dos envolvidos nos fatos. O corpo de Fulvia foi sepultado no início da tarde desta quarta-feira (15/02), no Cemitério da Paz, em Santa Bárbara D’Oeste.

Foto: Reprodução

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