O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não acatou recurso e decidiu manter a condenação de L.F.C. pelo crime de receptação. Ele foi flagrado, junto com um colega, em um canavial de Iracemápolis, no momento em que desmontavam carros que haviam sido furtados.
Os fatos aconteceram em maio de 2017, quando L. tinha 22 anos. Em um helicóptero, policiais militares sobrevoaram um canavial às margens da Rodovia Luis Ometto (SP-360/Iracemápolis-Santa Bárbara D’Oeste) e avistaram diversos veículos parcialmente desmontados.
No dia seguinte, os agentes foram até o local e localizaram L. e V.E.B.F., que se preparavam para retirar as peças de um Fiat Palio avaliado em R$ 24 mil. No local, ainda havia carcaças e peças de três Saveiros, Voyage, Fox, SpaceFox, um outro Fiat Palio e um Fiat Siena. Todos os carros foram furtados entre os dias 10 e 20 de maio de 2017.
Os réus tentaram fugir, mas foram detidos. V. confessou que tinha furtado os veículos e levaria as peças a Santa Bárbara D’Oeste. Já L. disse à polícia que apenas auxiliava no desmanche. Este último não compareceu ao processo e foi julgado a revelia.
“É indubitável que o apelante estava ciente da origem espúria dos veículos, até porque, se assim não fosse, apresentaria versão apta a excluir a sua condenação, o que não fez. Ademais, foi flagrado no meio de um canavial, juntamente com o corréu, com diversos veículos parcialmente desmontados. Além disso, havia no local ferramentas utilizadas por eles no desmonte”, anotou o relator do caso, Reinaldo Cintra.
O TJ confirmou a pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, que deve ser cumprida em regime aberto. A punição foi substituída por prestação de serviços comunitários e prestação pecuniária. Cabe recurso contra a decisão.
Foto: Pixabay
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