Três hackers que integravam organização criminosa dedicada a acessar indevidamente sistemas de órgãos públicos e vender dados sigilosos de cidadãos responderão por invasão de dispositivo informático, crime previsto no artigo 154-A do Código Penal. Um dos acusados enfrentará processo também pela posse de pornografia infantil. Oferecida pelo promotor de Justiça de São José do Rio Preto Fernando Rodrigo Garcia Felipe, a denúncia contra os envolvidos foi aceita no dia 17 de janeiro.
Investigações apontaram que os réus, residentes nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, contavam com o auxílio de dois adolescentes moradores de Bady Bassitt, no interior paulista. O grupo vendia logins que permitiam a entrada em plataformas de instituições policiais, cobrando de R$ 200 a R$ 1 mil por acesso. Os valores eram pagos em criptomoedas. As fraudes envolveram ainda alteração em cadastros de vacinas contra a covid-19, emissão de certidão de óbito em nome de pessoa ainda viva e comercialização de dados de cartões de crédito. Um dos homens burlou o sistema de uma empresa que faz a gestão de créditos de vale-alimentação e vendeu contas que permitiam compras, com desconto, em aplicativos de entrega de refeições.
Já por meio de invasão ao aplicativo CAIXA Tem, da Caixa Econômica Federal, os criminosos tiveram a possibilidade de resgatar FGTS de trabalhadores que não receberam o benefício. Além disso, sistemas de reconhecimento visual das Polícias Civil e Militar de São Paulo também foram hackeados.
Foto: Freepik
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