Juiz de Limeira responsabiliza banco por idosa mandar Pix a golpista que se passou por filho

Muita gente já ouviu falar de golpistas que utilizam o WhasApp, se passam por familiares, e dizem que mudou o número do celular. Foi o que aconteceu com uma idosa, que achou que estava falando com o filho e enviou a quantia de R$ 7.439 via Pix. Ela recorreu ao Judiciário e a sentença saiu nesta terça-feira (21/11).

O juiz da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Limeira, Marcelo Vieira, responsabilizou uma instituição bancária pela idosa ter sido vítima de golpistas e ficado no prejuízo.

Foi só após o segundo pedido de envio de valores que a mulher desconfiou, já que a imagem do perfil no WhatsApp era de seu filho e, por isso, não se atentou antes. Neste momento, ela ligou para uma filha e ambas perceberam a fraude. Elas registraram boletim de ocorrência e, com a conta corrente indicada, criada pelo criminoso para o golpe, foi atrás do banco para ressarcimento, sem êxito.

A idosa, então, buscou auxílio jurídico e moveu ação de indenização por danos morais e materiais contra o banco que permitiu que os criminosos abrissem conta para aplicar golpe.

“De fato, as instituições destinatárias concorreram para o êxito do golpe. Isto porque não foram cautelosas e propiciariam a abertura de contas”, diz o juiz. Em razão da evidente falha na prestação dos serviços, o magistrado reconheceu os danos morais indenizáveis.

O banco deverá restituir a idosa na quantia de R$ 3.986,03, corrigida pela Tabela Pratica do Tribunal de Justiça e com juros de mora de 1% ao mês desde o desembolso, além de R$ 4 mil, também corrigido.

Cabe recurso.

Foto: Freepik

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