O juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey, da 6ª Vara Criminal de Campinas, determinou o arquivamento do inquérito contra um casal investigado por furto de energia elétrica. A investigação teve início em 2021 a partir da identificação do crime num posto de combustíveis da cidade.
Em abril daquele ano, policiais civis foram até o estabelecimento e funcionários da CPFL indicaram que já tinham constatado divergências no relógio que mede o consumo de energia. Na ocasião, foi identificado que um dos fios estava desconectado e, dessa forma, não passava energia pelo medidor.
A gerente do posto, que reside em Limeira, chegou a ser presa em flagrante, mas pagou fiança e passou a investigada em liberdade, juntamente com outro rapaz. A defesa de ambos foi feita pelo advogado José Renato Pierin Vidotti, que, em novembro daquele ano, juntou a versão de ambos no inquérito que tramitou no 3º Distrito Policial de Campinas.
Para a autoridade policial, Vidotti informou que o casal não tinha nenhuma relevância no quadro societário da empresa e não exerciam atividade tomadora de decisões. Além disso, apontou que a concessionária de energia tinha anulado a cobrança referente a eventual ilícito.
À Justiça, a promotora Adriana Vacare Tezine sugeriu o arquivamento porque não identificou elementos probatórios quanto à materialidade nem autoria do delito. “Não foi comprovado o montante subtraído, imprescindível para comprovação da materialidade delitiva. Tampouco há prova suficiente de que os investigados romperam ou concorreram para o rompimento do fio de corrente antes da chave de aferição”, apontou.
O magistrado, em decisão assinada no dia 27 de fevereiro, acolheu o pedido da promotora e determinou o arquivamento do inquérito policial. Todas as partes envolvidas na investigação foram notificadas sobre a decisão e o casal deixou de ser investigado.
Foto: Divulgação
Deixe uma resposta