Muito tempo fixado no computador. Esse foi o alerta dado por uma funcionária de confiança a um dono de restaurante em Mogi das Cruzes (SP) sobre o comportamento de um colega de trabalho. A desconfiança tinha fundamento: descobriram que o funcionário cancelava no sistema todas as mesas cujos pagamentos eram em dinheiro. Ele foi processado por furto e a sentença foi assinada neste sábado (10/2).
Os fatos ocorreram entre fevereiro e julho de 2019. O acusado era considerado líder no restaurante. Após o alerta da funcionária, o proprietário passou a ficar atento. Em determinada ocasião, conforme relatou à Justiça, a mesa 14 simplesmente “desapareceu” do sistema. Ligou para a empresa responsável e descobriu uma série de cancelamentos de pedidos por meio da senha de uma outra funcionária, embora ele tivesse uma senha própria.
Uma garçonete relatou que, certa vez, a mesa que havia acabado de fechar a conta “sumiu” do sistema. A partir disso, surgiu a desconfiança.
Segundo o restaurante, foram desviados R$ 12,6 mil, que nunca foram recuperados. Por meio do relatório da empresa responsável pelo sistema, notaram o padrão utilizado pelo líder: houve vários cancelamentos de mesas inteiras, sempre pagas com dinheiro.
O acusado não compareceu ao processo e foi julgado à revelia. O juiz Tiago Ducatti Lino Machado considerou que os depoimentos foram seguros e lineares e indicaram a solidez do conjunto de provas. W.H.S.L. foi condenado a 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto.
Ele poderá recorrer em liberdade.
Foto: Evening_tao/Freepik
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