A Polícia Civil do Rio Grande do Sul identificou a mulher responsável pela conta bancária que recebeu dinheiro de um morador de Iracemápolis, alvo de golpe em 2019. Ele foi enganado ao atender pedido para ajudar nas despesas do funeral dos pais de uma funcionária que trabalharia na empresa a qual a vítima atuava como representante. A história era mentirosa.
O caso foi registrado na Polícia Civil de Iracemápolis em maio daquele ano. O homem estava em sua casa quando recebeu a ligação de uma pessoa que se identificou como diretor geral da empresa a qual ele presta serviços de representação. Ele comunicou que, no dia anterior, uma funcionária havia perdido os pais em um acidente de trânsito na cidade de Valinhos (SP).
O falso diretor pediu à vítima uma ajuda de R$ 3 mil emprestados para ajudar nas despesas do funeral e passou o número da conta. Por sua vez, o homem pediu à filha para que ela fizesse a transferência do dinheiro.
Após o procedimento, o representante procurou o gerente comercial da empresa, mas ele relatou que desconhecia a história da suposta funcionária que havia perdido os pais. Foi quando ele notou que havia caído em um golpe. Decidiu procurar o gerente de sua conta bancária para suspender a transferência, sem sucesso. O dinheiro havia se perdido.
O caso foi enviado à 11ª Delegacia de Porto Alegre (RS), onde residia a proprietária da conta que recebeu o dinheiro. Trata-se de S.H.S.O., hoje com 49 anos. A polícia local descobriu que ela estava envolvida em golpes semelhantes. Em agosto de 2019, a sua conta também recebeu R$ 3 mil. A despesa não seria para auxiliar no funeral, mas para a viagem de uma funcionária até a casa dos pais, em Jaú (SP), que teriam sofrido um suposto acidente.
A mulher foi intimada duas vezes para prestar esclarecimentos, mas não compareceu à polícia. O delegado André Ciardullo Mocciaro indiciou-a por estelionato.
Como a legislação foi alterada, o caso foi enviado novamente para a comarca de Limeira, a qual Iracemápolis pertence. Assim, a vítima será notificada para informar se deseja representar criminalmente. Em caso positivo, a denúncia deve ser oferecida pelo Ministério Público (MP) e o processo vai tramitar na 2ª Vara Criminal de Limeira.
Foto: Divulgação/TRT-15
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