Denunciado acusado de matar mulher em bar de Limeira e MP pede que ele vá a júri popular

O Ministério Público (MP), por meio da promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti, denunciou J.L.S, 39 anos, acusado de matar Marcia Silva de Souza, no início da noite de domingo de 16 de abril, em um bar do Jardim Ouro Verde. Ele foi denunciado à Justiça por homicídio duplamente qualificado: motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Diante do relatório final da Polícia Civil, a promotora descreveu na denúncia que o homem saiu da sua residência sem levar consigo o aparelho celular e direcionou-se para o bar, a fim de consumir bebidas alcóolicas juntamente com o amigo, sendo que lá estava a vítima.

Ambos sentaram-se à mesa onde estava a vítima e suas amigas e começaram a conversar. Em dado momento, o homem disse que seu telefone celular havia sumido e apontou que a mulher teria furtado o aparelho, apesar da vítima insistir que não havia subtraído o celular, fato inclusive confirmado pela própria esposa do homem, pois o celular estava na casa dele todo o tempo. O denunciado, ainda imputando à vítima o suposto furto, foi para sua residência, armou-se com uma faca, e voltou ao bar, chamou a vítima, a puxou para o lado de fora do estabelecimento e a abraçou, momento em que deu um golpe de faca entre o tórax e o abdômen da mulher, que caiu desfalecida imediatamente.

Após o crime, o denunciado fugiu com a faca e buscou ajuda para a fuga na residência de um amigo, que levou o homem até Piracicaba, deixando-o na Rua do Porto. Com a notícia dos fatos, as informações e as características físicas do denunciado repassadas aos agentes de segurança de Limeira e de Piracicaba, o denunciado foi capturado ainda em Piracicaba.

Paralelamente, os proprietários pediram o socorro do SAMU, que fez os primeiros socorros na vítima e a encaminhou para o hospital, mas a mulher morreu. A prisão do homem foi ratificada na delegacia, onde ele confessou a prática do homicídio.

“Constata-se que o crime foi cometido por motivo fútil em virtude de o denunciado acreditar que a vítima teria furtado o seu celular […]. Ainda, vê-se que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que o denunciado premeditou toda a ação criminosa se munindo de uma faca para agredir a vítima, que não esperava o ataque e foi surpreendida pelo golpe”, diz a denúncia.

Além da denúncia por homicídio duplamente qualificado, a promotora pediu a instrução processual, elencou testemunhas a serem ouvidas e, ao final, após interrogatório do homem e apresentação de sua defesa, que ele seja pronunciado e submetido ao julgamento do Tribunal do Júri por um conselho de sentença formado pelo povo.

Foto: Freepik

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