Comissão da Alesp será acionada para acompanhar caso de trabalho escravo em Limeira

Em nota assinada nesta segunda-feira (27/12), o diretório do PT em Limeira divulgou que pedirá à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que tome providências para apurar o resgate de três trabalhadores em Limeira que viviam em condições análogas à escravidão.

A operação que resgatou os trabalhadores em uma propriedade na zona rural foi realizada na última quarta-feira (22/12), em ação que envolveu o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal e o departamento de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Limeira (leia aqui).

Na nota assinada pelo presidente do diretório, o ex-vereador Wilson Cerqueira, o PT afirma que recebeu a notícia com grande indignação. “A escravidão é um problema muito grave no Brasil que, apesar de ter sido abolida formalmente com a Lei Áurea em 1988, segue ocorrendo com diferentes roupagens. De 1995 a 2015, foram resgatados deste tipo de situação quase 50 mil trabalhadores e trabalhadoras, de acordo com dados da ONG Repórter Brasil”, diz o partido.

Os três trabalhadores – duas mulheres e um homem – eram mantidos em condições degradantes de trabalho e moradia em uma chácara localizada na Estrada da Barra. Eles cuidavam de 62 cachorros e 100 gatos dentro de um barracão sem condições de higiene, com fiação elétrica exposta.

Conforme a Procuradoria, o banheiro não tinha chuveiro e os empregados tomavam banho por meio da água que saía de um cano, vinda de um poço. Eles bebiam a mesma água. Segundo o MPT, uma das trabalhadoras dormia em um colchão sujo, no chão, junto com os gatos. A proprietária da chácara propunha aos trabalhadores que comessem os restos de comida dos animais.

Além de acionar os deputados estaduais, o PT de Limeira informa que pedirá que a Câmara Municipal, por meio da Comissão de Direitos Humanos, também acompanhe a apuração do MP do Trabalho, os relatórios e medidas que forem tomadas pelas autoridades, “no sentido de garantir os direitos das trabalhadoras e do trabalhador”.

Leia a íntegra da nota abaixo:

Foto: MPT-15

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