Botion e vereadora querem proibir fogos com estampido em Limeira

No primeiro dia de atividade legislativa, duas propostas praticamente semelhantes querem impedir fogos de artifício com estampido em Limeira. Uma foi protocolada na Câmara Municipal pelo próprio prefeito Mario Botion (PSD) e a outra é da vereadora Tati Lopes (Podemos), ligada à causa animal.

O projeto de lei do prefeito (PL 6/21) quer a alteração de dispositivos da Lei 5.494/2015, que criou o Código de Posturas em Limeira. Botion quer acrescentar à legislação a proibição de ruídos ou sons de fogos de artifício e artefatos com estouros ou estampidos. A proposta prevê que os efeitos da lei, se aprovada, passem a vigorar em 360 dias da publicação, mesmo prazo batalhado pelo então vereador Estevão Nogueira na proposta que foi rejeitada em dezembro passado.

Na justificativa, o Executivo diz que a queima de fogos causa traumas irreversíveis ao animais, especialmente os que possuem sensibilidade auditiva. Cita mortes de animais por enforcamento em coleiras, alterações cardíacas e até automutilações. Também é destacado o prejuízo a crianças autistas e outros que sofrem com o barulho dos fogos.

Proposta de Tati Lopes

O projeto da vereadora Tati Lopes (PL 9/21) deu entrada após o protocolo da Prefeitura. Ele também altera o artigo 62 da Lei 5.494/15, passando a vedar barulhos produzidos por quaisquer tipos de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos de alto impacto ou com efeitos de tiro.

Tati também colocou prazo de 360 dias para a lei entrar em vigor. O ex-vereador Estevão Nogueira, hoje diretor na Prefeitura de Limeira, aparece como Cidadão Legislador – ele foi o autor de projeto com objetivo semelhante e que foi rejeitado na legislatura anterior.

A vereadora cita que os fogos de artifício com estampido causam sérios transtornos a pessoas e animais. “Representam por isso um risco à saúde, à segurança e um grande sofrimento. Sua proibição é medida importante que merece apreciação detalhada dos nobres colegas. A evolução de toda sociedade passa pela necessidade de adequação das normas de convivência com intuito de criar um convívio cada vez mais pacífico e harmônico entre os seres. Qualquer ação que prejudique ou interfira na vida de outro ser vivo deve ser objeto de crítica e readequação”, aponta.

Ela explica que o objetivo da lei, portanto, não é proibir a comercialização de fogos, e sim o manuseio, a utilização, a queima e soltura de fogos com estampido. “Continua permitida a soltura dos chamados fogos de vista que não têm estampido e produzem barulho de baixa intensidade”, cita, na justificativa.

Foto: Freepik

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