J.S., acusado de matar Débora Cristina Oliveira da Silva, de 25 anos, no Jardim Eldorado, em Cordeirópolis, na noite do dia 12, se tornou réu. A juíza Juliana Silva Freitas aceitou a denúncia proposta pela promotora Aline Moraes e, também, converteu a prisão temporária em preventiva.

A vítima era ex-companheira de J., mas estava abrigada na casa do irmão do réu, que também residia temporariamente por lá. Na noite do crime, J. esfaqueou Débora no mesmo imóvel onde estavam os três filhos do casal, todos menores. Ele foi preso no dia seguinte (leia aqui).

Na denúncia, Aline cita que J., antes da separação, era violento com a vítima e descreveu situações de ameaças, xingamentos e agressões, violências mencionadas pela própria vítima em queixa dela à Polícia Civil. Após a separação, ele não aceitou o término do relacionamento. “Nesse contexto, no dia e local dos fatos, quando todos estavam no interior do imóvel, J. notou Débora conversando com outra pessoa por meio do aparelho de telefone celular, irritou-se com tal situação, demonstrando ciúmes, e passou a indagar exaustivamente a vítima sobre o teor da conversa, insinuando infidelidade por parte dela. Ainda, J. tentou tomar à força, para si, o telefone celular da vítima. E J., diante da recusa de Débora em entregar o aparelho e dizer com quem estava conversando, decidiu ceifar a vida da companheira”, descreveu a promotora.

Consta ainda na denúncia que os filhos do casal gritaram ao tio que “o papai está matando a mamãe” e quando o irmão do réu chegou no quarto, encontrou a vítima com a faca cravada no corpo e ouviu o irmão dizer: “matei mesmo, matei mesmo, deixa morrer”. Na fase policial, o réu confessou o crime.

J. foi denunciado por homicídio qualificado: motivo fútil e feminicídio, agravado pelo contexto de violência doméstica, menosprezo à condição de mulher e na presença de descendentes da vítima.

Ao analisar o pedido, a juíza recebeu a denúncia na íntegra e deu prazo de dez dias para que o réu apresente a defesa prévia. J. estava preso temporariamente e teve sua prisão preventiva decretada. Ele também é investigado por participação num homicídio em Minas Gerais.

Foto: Pixabay

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