Acabou por volta das 19h30 desta quarta-feira (15) o que foi considerado pelo próprio presidente do Tribunal do Júri de Limeira, juiz Rogério Danna Chaib, o julgamento mais longo e complexo da história da comarca. O magistrado disse isso no momento em que proferiu a sentença, após o conselho de sentença decidir se os 8 réus eram culpados ou inocentes.
Foram dois dias de julgamento, que exigiu a interdição de ruas do entorno do Fórum Spencer Vampré, no centro de Limeira. As ruas já tiveram determinação de liberação, conforme apurou o DJ.
Apenas para responder aos quesitos na sala secreta, as juradas precisaram de aproximadamente duas horas. Esta quarta-feira foi de debates entre a acusação, competência do Ministério Público (MP), e a defesa, que foi feita por diversos advogados criminais.
Os réus foram acusados de integrarem organização criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC), cárcere privado, ocultação de cadáver e homicídio, além de porte de arma de uso permitido sem autorização e porte de arma de uso restrito sem autorização. As acusações referem-se a um caso ocorrido em abril de 2020, que vitimou Leandro Feitosa Silva, morto na estrada LIM 353.
A ação penal foi julgada parcialmente procedente e condenou um dos réus a pena de 26 anos de reclusão. Neste caso, o réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver, organização criminosa e porte ilegal de arma de uso permitido.
Dois foram condenados a cinco anos por organização criminosa. Um quarto foi condenado a dois anos de reclusão por porte ilegal de arma de uso permitido.
Outros réus foram absolvidos de todos os crimes. A eles já foi expedido o alvará de soltura.
O advogado William Oliveira defendeu dois dos absolvidos e enviou a seguinte nota: “Conseguimos mostrar que apenas um dos carros perseguidos pela polícia estava envolvido no tribunal do crime. Provamos que muitos dos acusados, que estavam em outros carros, não tinham nenhuma relação com o tribunal do crime ou com a facção criminosa. Por isso, foram absolvidos das seis acusações”.
Os advogados Flamínio Barreto e Renato Balestrero Barreto também foram defensores de um dos réus e informaram ao DJ o resultado. “Foi realmente o julgamento mais longo e complexo, mas conseguimos”.
Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça.
Foto: Diário de Justiça
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