Primeiro dia do mês, a noite prometia ser calma em um bar do Cecap, em Limeira. Foi quando um homem magro, que trajava uma blusa de frio da cor vinho e shorts listrado, boné na cabeça e de máscara, entrou no estabelecimento. Dirigiu-se até a dona do bar e pediu um cigarro, como um cliente qualquer. A comerciante tinha apenas cigarros soltos. Pegou alguns e mostrou ao cliente. Sua mão foi puxada. E o gesto foi acompanhado com palavras que todo comerciante sente medo de ouvir.
“Fica quietinha, não fala nada e nem grita. Me passa todo o dinheiro”, ela ouviu. O rapaz segurava um objeto sob a blusa, na altura da cintura. A comerciante disse que não tinha dinheiro no caixa. O invasor fez nova ameaça: “Me passa todo o dinheiro, senão vou te matar”. Olhou para um freezer e viu a bolsa da comerciante que estava por cima. Ordenou, imediatamente, que ela pegasse a bolsa e tirasse tudo o que estivesse dentro.
Foi quando ele sentiu o golpe.
Uma jovem que estava no local e notou a ação do criminoso decidiu agir. Pegou um taco de sinuca e acertou o rapaz que estava diante do balcão. Em reação, mais pessoas que estavam dentro do bar partiram para cima do rapaz. Na confusão, ele se desvencilhou e conseguiu deixar o local. Um dos homens que estavam no bar ligou, em seguida, à Polícia Militar.
A informação que chegou aos PMs Carlos e Gilson indicava ocorrência de tentativa de roubo ao bar. As características do autor foram repassadas aos policiais, que foram em direção ao estabelecimento. Nas ruas próximas ao local, conseguiram encontrar um homem com a mesma descrição relatada na denúncia. Na abordagem, os agentes localizaram, na cintura do rapaz, o objeto usado para cometer o crime.
Era um pedaço de madeira. Informalmente, H.H.O, de 28 anos, morador do Jd. Antonio Simonetti, relatou que tinha uma dívida de drogas no valor de R$ 1 mil e, para quitá-la, decidiu roubar o bar. Os policiais o conduziram de volta ao bar, onde ele foi reconhecido pela comerciante como o autor do roubo tentado. Diante do delegado Danielo Broet, o acusado exerceu o direito constitucional de ficar em silêncio.
A pedido da promotora Mariana Bernardes Andrade e Silva, o juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Edson José de Araújo Júnior, converteu a prisão em flagrante em preventiva (por tempo indeterminado). Nos próximos dias, o Ministério Público (MP) deve oferecer denúncia contra o acusado por tentativa de roubo.
O pedaço de madeira utilizado pelo rapaz para simular uma arma foi apreendido pela Polícia Civil. Já o taco de bilhar que foi a “salvação” da noite permanece no bar.
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