Prefeito de Rio Claro paga fiança de R$ 10 mil para evitar prisão

O prefeito de Rio Claro, João Teixeira Júnior (DEM), agora afastado das funções, pagou fiança de R$ 10 mil, arbitrada pela Polícia Civil local, e vai responder à acusação de posse ilegal de armas em liberdade.

Juninho, como é conhecido, foi conduzido à delegacia após policiais, em cumprimento a buscas autorizadas pelo Tribunal de Justiça, terem encontrado, em sua casa, 2 revólveres calibre 38 – um deles municiado com 7 cartuchos e outro com 5. Eles estavam em um buraco na parede, atrás da banheira de hidromassagem.

Questionado, o prefeito informou não ter registro daquelas armas, que lhe teriam sido emprestadas por ele temer por sua segurança. Juninho recebeu voz de prisão em flagrante e foi levado até a sede do DEIC, onde foi arbitrada a fiança, já quitada.

Como o DJ mostrou, Juninho foi suspenso liminarmente da função, de acordo com o Ministério Público (MP), dentro de uma investigação de compra de equipmentos para combate à Covid-19.

A compra dos equipamentos, conforme o MP, deu-se a partir do gabinete do prefeito João Teixeira Júnior, que exerceu o domínio e o controle durante todo o processo aquisitivo. “A empresa contratada foi constituída em nome de ‘laranja’, e apenas em fevereiro de 2020. Além disso, há indícios de superfaturamento”, aponta o MP.

A operação fez buscas e apreensões nas residências do prefeito, do chefe de gabinete, Silvio Aparecido Martins, e do secretário de economia e finanças, Gilmar Dietrich, e nos respectivos setores da prefeitura.

Durante o cumprimento da ordem judicial na residência do prefeito, a polícia informou que localizou R$ 9,6 mil em espécie, bem como diversos documentos que foram recolhidos diretamente pelos promotores que acompanharam a diligência.

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