Preso em outubro de 2019 no Paraguai, o limeirense L.A.F., acusado de integrar facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), continuará preso em unidade do Sistema Penitenciário Federal, conforme decisão da Justiça de Limeira.

O juízo da 3ª Vara Criminal foi notificado pela Coordenação-Geral de Classificação e Movimentação de Presos sobre o vencimento do prazo para permanência de L. na custódia federal, que se dará em 2 de outubro. A Diretoria do Sistema Penitenciário Federal sugeriu a permanência dele em presídio federal e apontou que o limeirense tem grande poderio financeiro para articular ação de resgate e ainda possui relevante potencial de desestabilizar o sistema penitenciário estadual.

Consultado, o Ministério Público (MP) opinou pela permanência. “Há necessidade da renovação do prazo da permanência do réu em estabelecimento prisional federal, vez que ainda estão presentes os requisitos que autorizaram a inclusão dele nesse sistema”, se manifestou.

Ao analisar o pedido, a Justiça mencionou na decisão alguns casos que envolvem o limeirense para justificar que ele deve permanecer em presídio federal. “Há fundadas razões para a manutenção e renovação do prazo de permanência do acusado no sistema prisional federal, por ser integrante de organização criminosa extremamente violenta, além de ocupar posição de grande relevância dentro dessa organização. Há, ainda, outro fato motivador de absoluta relevância, para a manutenção do referido réu no sistema federal, que é o possível resgate do acusado em unidade estadual, levando-se em consideração ser membro da cúpula da organização criminosa PCC, cujo poderio financeiro e bélico é bastante expressivo e suficiente para sua execução. Insta relembrar, nesse momento, que L. é integrante da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, ocupando cargo relevante dentro da organização, além de haver indícios de sua participação dentro da organização criminosa Comando Vermelho. Ambas responsáveis por praticar diversos delitos, cometidos em âmbito nacional, a fim de proporcionar a manutenção de suas atividades ilícitas, cujo foco principal é o tráfico de drogas nacional e internacional”, citou na decisão.

Ainda conforme a Justiça, o limeirense é acusado e investigado por integrar, comandar e operacionalizar o plantio, preparo, remessa de entorpecentes (cocaína e maconha) para o Brasil, bem como sua distribuição. “Recentemente, o réu foi localizado em solo paraguaio na posse de armamento pesado, incluindo fuzil, munições de variados calibres, pistola, coletes de proteção balística entre outros”, completou o magistrado.

L. já foi condenado em Limeira à pena de 12 anos de reclusão em regime fechado e foi denunciado no ano passado por novo crime de integrar organização criminosa após a “Operação Sharks”, realizada pelo Ministério Público e que identificou a nova cúpula do PCC com pessoas de alta periculosidade, entre eles L..

A Justiça deferiu o pedido de renovação do prazo de permanência do limeirense no sistema penitenciário federal por mais um ano.

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