Mulheres são maioria entre eleitores jovens em Limeira

Em Limeira, 60% dos eleitores com 16 anos são mulheres. A cidade tem 577 eleitores aos 17 anos. São faixas de idade em que o voto não é obrigatório, mas que podem ser preponderantes para mudança de cenários e de transformação do País, avaliou a vereadora Mariana Calsa (PL), ao lado da deputada Tabata Amaral (PSB), da professora de história Rita Salmaso e da professora de redação Mara Ré em evento realizado em Limeira nesta semana sobre os 90 anos do voto feminino no Brasil.

Os dados locais, compilados do sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram apresentados no Galileo Anglo Vestibulares em evento sobre os 90 anos do voto feminino no Brasil, celebrado nesta quinta, dia 24. O evento reuniu 50 estudantes de escolas públicas e particulares de Limeira.

Mariana Calsa também destacou que, apesar do direito ao voto, o número de mulheres eleitas nas câmaras ainda é muito inferior em relação aos homens. “Das 24 cidades que formam a nossa região, apenas 17% das cadeiras são ocupadas por mulheres. Esse número é muito baixo considerando que nós somos a maioria da população e do eleitorado”, destacou. Outro ponto citado foi a importância da participação dos jovens nas eleições. Foi ressaltado que o prazo para tirar o título pela primeira vez vai até 4 de maio.

Tabata Amaral reforçou a necessidade da participação das mulheres, principalmente das mais jovens na política. “A gente corre o risco dessa eleição ter a menor participação dos jovens na história. O Brasil aguenta isso? Depois da pandemia e dos efeitos das mudanças climáticas a gente vai se ausentar desse debate? Isso está errado. Tem que tirar o título, tem que se importar e tem que ocupar a política”, pontuou a deputada. “Muito da minha luta nos últimos anos é a luta por mais mulheres na política. Estudos científicos mostram que com mais mulheres na política meninas voltam a sonhar”, ressaltou.

Para Mara Ré, a reflexão sobre a conquista do voto feminino é um dos temas que podem ser cobrados nos principais vestibulares. “Os alunos devem pensar e estudar temas relacionados à importância das mulheres na política e a sua representatividade. Também devem refletir o quanto o voto feminino é imprescindível para o sistema democrático, sempre em busca de uma sociedade mais justa”, compartilhou a professora de redação. “A escola ser espaço de diálogo é essencial para desenvolver o senso crítico e desconstruir preconceitos ainda existentes na sociedade”, concluiu.

90 anos

O direito ao voto feminino foi conquistado no dia 24 de fevereiro de 1932 com a criação do primeiro Código Eleitoral. Na América Latina, o Brasil foi o primeiro país a declarar o voto feminino, mas, segundo a professora Rita Salmaso, mais de cem anos depois de outros países como Nova Zelândia e Finlândia.
Países em que os índices de desenvolvimento ainda permeiam entre os mais baixos, não permitem o voto feminino ou homologaram este direito há bem menos tempo que no Brasil, como é o caso da África do Sul, em 1993, e Arábia Saudita, em 2011, completou a educadora.

Fotos: Matheus De Nadai disponibilizadas ao Gabinete Parlamentar 

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