O Ministério Público (MP) ofereceu denúncia à Justiça contra um homem acusado de furtar uma câmera de segurança do lado externo de uma residência, em Limeira. O crime não demandou muito trabalho para a Polícia Civil: toda a ação foi filmada pelo próprio sistema de monitoramento da vítima.
O caso ocorreu no fim da tarde de 6 de maio. O morador relatou à Polícia Civil que, no dia anterior, as câmeras de segurança mostraram um homem rondando o seu imóvel. Foi possível identificar até mesmo as placas do Celta utilizado pelo “espião” para deixar o local.
No dia seguinte, o mesmo homem voltou até a casa acompanhado de outra pessoa – até hoje não identificada. Eles furtaram a câmera de segurança da casa, avaliada em R$ 250, e voltaram a fugir no mesmo Celta. Toda a ação foi filmada pelo sistema de monitoramento da residência e as mídias foram levadas à Polícia Civil.
Uma semana depois, a proprietária do Celta foi localizada e confirmou que o veículo era usado pelo marido. Também presente na delegacia, ele confessou que pegou o equipamento e o entregou à polícia. Relatou que o dono da casa estaria devendo dinheiro a ele por um serviço de encanador que teria prestado na residência.
Disse que, por várias vezes, esteve no local cobrando o pagamento, mas teria sido “enrolado” pelos moradores. Afirmou que, num momento de nervosismo, retirou a câmera de segurança como forma de “punir” a inadimplência e pretendia devolver o equipamento após receber o pagamento pelos serviços. Ele disse não se recordar do nome da pessoa que o acompanhava naquele dia.
A vítima compareceu à delegacia e informou que desconhece o acusado e jamais contratou serviço de encanador em seu imóvel, muito menos deixou de pagar qualquer profissional.
Entre as provas que constam nos autos, está uma reprodução de mídia feita a partir da gravação do sistema de monitoramento que teve uma câmera furtada. No linguajar dos fotógrafos, é um “close” do próprio acusado do furto.
Na denúncia oferecida à Justiça, a promotora substituta Mariana Bernardes Andrade e Silva imputou crime de furto qualificado (por ter sido praticado em mais de uma pessoa), com a agravante de ter ocorrido em período de calamidade pública. A peça deve ser analisada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib.
Foto: Reprodução
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