“Motorista não é obrigado a procurar paciente em lanchonete”, diz Prefeitura de Iracemápolis

Questionada pelo vereador Valdenito Gonçalves de Almeida (PDT) sobre queixas relatadas sobre o transporte de pacientes para outras cidades, a Prefeitura de Iracemápolis fez uma espécie de desabafo em ofício de resposta: “Às vezes os munícipes não entendem que o motorista para no ponto marcado, e não tem a obrigação de sair procurando pacientes em lanchonetes e comércios próximos aos pontos”.

A resposta é de Mariéli Zuza de Campos, chefe da Coordenadoria de Frota e Transporte de Iracemápolis. No início deste mês, Valdenito encaminhou requerimento ao Executivo questionando o número de pessoas que tiveram problemas com o transporte municipal como, por exemplo, após passar por procedimento médico, ser deixado no local por muitas horas ou pessoas deixadas em algum local após passar por consulta médica ou exame e não foram transportadas de volta à sua casa em Iracemápolis.

No último dia 16, a prefeita Nelita Michel (PL) encaminhou resposta ao vereador com as explicações da chefe do setor. Ela diz que a equipe está se esforçando para dar o melhor serviço ao usuário. “Devido ao grande aumento da demanda pós-pandemia e perante a crise econômica vivida em todo país, estamos encontrando algumas dificuldades junto a população com o pequeno número de carros e a falta de vans para o transporte desses pacientes”, admitiu a coordenadora.

Ela relata que a frota disponível e o número de servidores são insuficientes para levar e ficar esperando o atendimento com um carro na porta para o retorno do paciente a Iracemápolis. “Às vezes a demora não é absurda, como citada pelos usuários, e sim pela grande frequência de viagens diárias agendadas e realizadas pelo setor para vários destinos, como Campinas, São Paulo, Ribeirão Preto, Bauru, Pirassununga, Araras, Araraquara, Botucatu, Limeira, Piracicaba e Rio Claro”, esclareceu.

A coordenadora citou que os motoristas quase não param no setor para dar conta de atender a todos. No caso de uma pessoa que disse ter aguardado muito tempo no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Limeira, ela cita, dizendo ter provas de outros pacientes, que o motorista passou mais de uma vez pelo local e trouxe outras pessoas de volta, não encontrando o reclamante no local marcado para o retorno.

“Às vezes os munícipes não entendem que o motorista para no ponto marcado e não tem a obrigação de sair procurando pacientes em lanchonetes e comércios próximos aos pontos. Temos uma demanda muito grande para atender e, infelizmente, às vezes nos deparamos com situações inusitadas como essas e temos que dar preferência e respeito a quem faz o uso correto do serviço”, completou a coordenadora.

Foto: Divulgação

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