K.S.S. foi condenada na última quinta-feira (27) em Limeira pelo crime de tráfico de drogas. O flagrante dela, porém, foi consequência de uma investigação por outro crime. Ela cobrou dinheiro para devolver à vítima um celular furtado.
A investigação que resultou na prisão da ré teve início quando a Polícia Civil recebeu um homem que alegou ter sido cobrado por uma mulher para que seu celular extraviado fosse devolvido.
A mulher cobrou R$ 300 para devolver o telefone e marcou um encontro com a vítima numa área verde do Cecap. O dono do celular reportou o caso aos policiais civis que compareceram no local indicado pela ré. No endereço, viram um grupo de pessoas no entorno dela e todos com aparência de usuários de drogas. K. acabou abordada e tinha uma pochete com 11 porções de crack e acabou sendo presa em flagrante por tráfico. O celular não foi localizado.
Em juízo, ela disse ser usuária e negou o delito. A defesa pediu nulidade da ação por policiais coma tese de ausência de justa causa para a abordagem policial, por terem os agentes agido com base em denúncia anônima.
A ação tramitou na 2ª Vara Criminal de Limeira e o juiz Guilherme Lopes Alves Lamas não acolheu as preliminares da defesa. “Não se trata, ademais, de ‘denúncia anônima’, pois a pessoa que procurou os policiais foi identificada, sendo irrelevante que o celular não tenha sido recuperado, uma vez que, de todo modo, as drogas foram apreendidas. No mérito, a ação é procedente”, decidiu.
K. foi condenada à pena de cinco anos e dez meses de reclusão em regime fechado. Ela pode recorrer, mas não em liberdade.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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