Idoso de Limeira perde quase R$ 5 mil no “golpe da fumaça no carro”

A Polícia Civil de Limeira tenta rastrear quem recebeu o dinheiro de um limeirense que foi enganado ao cair no “golpe da fumaça no carro”. A fraude configura crime de estelionato, com registro em muitos Estados no país, principalmente contra idosos. Exatamente como ocorreu em julho de 2022 em Limeira.

O idoso, hoje com 72 anos, trafegava com seu veículo quando, em frente a um supermercado na região do Jd. Colina Verde, foi abordado por outro veículo, que emparelhou ao lado. Um homem o avisou de que seu carro estaria soltando fumaça por baixo.

Preocupado, o idoso estacionou o veículo. Em seguida, o homem abordou-o novamente e disse que chamaria um amigo mecânico para arrumar o que estava errado. Minutos depois, o “mecânico” chegou ao local e ficou debaixo do carro para, supostamente, consertá-lo.

Finalizado o serviço, eles cobraram R$ 30 pela atividade e alegaram que só aceitavam pagamento no cartão. A vítima relatou à Polícia Civil que passou o cartão, mas o homem disse que ele estaria bloqueado e pediu R$ 30 em dinheiro. O valor foi entregue.

Em seguida, o idoso foi fazer compras e, quando foi passar o cartão, foi impedido por falta de saldo. A vítima consultou o aplicativo do banco e descobriu que o “serviço mecânico” custou R$ 4.970, e não os R$ 30 cobrados pela dupla. O idoso descobriu o que carro não tinha problema com fumaça e nada foi consertado.

Após o registro de boletim de ocorrência, a Polícia Civil solicitou informações à administradora de cartões e descobriu o nome da pessoa para quem o dinheiro foi transferido. Trata-se de um morador de São Paulo, capital. A partir disso, a polícia tenta ouvi-lo por meio de carta precatória. O caso está sob investigação no 2º DP de Limeira.

Dicas para evitar a fraude

O golpe também é conhecido como o do “falso mecânico”. A Porto Seguro, empresa de seguros, cita que as principais vítimas desse golpe são pessoas que, aparentemente, não são muito familiarizadas com mecânica e peças automotivas. “Normalmente, esse público é composto por mulheres e idosos. Não significa que homens mais jovens não caiam, mas a tendência dos criminosos é acreditarem que eles têm menores chances de cair na fraude”, diz a empresa.

A recomendação é jamais parar o carro nesse tipo de abordagem, não aceitar ajuda de estranhos, não fornecer dados de cartões ou outros documentos para terceiros. Se realmente precisar parar o carro para checar eventual problema, isso deve ser feito em local seguro, como posto de combustível.

Foto: Freepik

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