Haitianos lideram lista de estrangeiros em cadastro social de Limeira

Em resposta a requerimento da vereadora Terezinha da Santa Casa (PL), o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) informou que, atualmente, existem 311 estrangeiros inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), principal instrumento para concessão de benefícios a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Desses 311, pessoas que nasceram no Haiti, país da América Central, são a maioria e totalizam 162. Na última década, o Brasil recebeu uma forte onda migratória de haitianos em razão da instabilidade política e econômica do país, que também sofreu com efeitos de terremotos.

O segundo país com o maior número de estrangeiros cadastrados CadÚnico em Limeira é a Venezuela, com 70. O país sul-americano também vive envolto a crises políticas e econômicas. O terceiro país com maior quantidade de representantes é a Colômbia, com 16.

O restante do cadastro é composto por estrangeiros dos seguintes países: Alemanha (1), Angola (6), Argentina (1), Bahamas (1), Benin (1), Cabo Verde (1), Chile (5), China (1), Cuba (6), EUA (5), Irã (1), Itália (3), Japão (7), Líbano (1), Moçambique (1), Nigéria (1), Panamá (1), Peru (7), Portugal (4), Rússia (3), Tunísia (1) e Uruguai (4).

O balanço do Ceprosom aponta que maioria desses estrangeiros vivem na faixa de extrema pobreza (238). Outros 7 estão classificados na faixa de pobreza, 49 em baixa renda e mais 16 ganham acima de meio salário mínimo. A maioria dos estrangeiros (168) é de cor preta, seguida por brancos (82), amarelos (2) e pardos (58).

A maioria dos estrangeiros é formada por mulheres, 178 a 132. Na faixa etária, prevalecem pessoas entre 30 e 40 anos (94). Existem 54 crianças entre 0 e 10 anos de idades e outras 41 entre 11 e 18 anos. Acima de 71 anos, são 11 estrangeiros.

Ao todo, Terezinha apresentou três requerimentos para entender o atendimento público a estrangeiros. Além deste respondido, ela questionou a quantidade de imigrantes que utilizam a rede pública de saúde. O secretário Vitor dos Santos informou, no entanto, que a pasta não possui estes dados, pois o estrangeiro, possuindo a documentação exigida, pode obter o Cartão SUS e utilizar a rede pública de saúde sem qualquer restrição. “O que se pode perceber é o grande número de estrangeiros que permanecem em situação de informalidade, não possibilitando que tenham acesso aos documentos”, informou.

No terceiro requerimento, Terezinha pediu dados sobre alunos estrangeiros na rede de ensino, mas a resposta ainda não chegou ao gabinete.

Foto: Agência Brasil

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