Execução em Cordeirópolis envolveu ciúme, chacota e plano de vigilância, denuncia MP

O Ministério Público (MP), por meio da promotora Aline Moraes, denunciou nesta semana três homens pelo homicídio do caminhoneiro Washington Teixeira Pinel, ocorrido na madrugada do dia 20 de dezembro do ano passado 2022, na Rua José Álvaro Genezelli, no Bairro do Barro Preto, em Cordeirópolis. Na denúncia, a promotora descreveu o planto que o trio fez para executar o crime.

A morte do caminhoneiro, de acordo com a promotora, foi resultado de ciúmes que um dos denunciados, J.C.F., tinha da vítima por conta do relacionamento com sua ex-companheira. “Segundo restou apurado, J. era pessoa extremamente violenta, tinha armas de fogo na sua casa e no seu estabelecimento comercial e ainda nutria demasiado ciúmes da sua ex-companheira, que à época dos fatos aqui tratados mantinha relacionamento amoroso com Washington, ora vítima. Em razão da união da sua ex-companheira com Washington e do ciúmes que tinha desse relacionamento, J. era motivo de chacota feita por seus colegas e pelos clientes do seu comércio. Por isso, decidiu dar fim à vida de Washington”, descreveu a promotora.

Na denúncia, Aline descreveu também a participação dos outros dois réus no crime. De acordo com ela, J. pagou certa quantia em dinheiro e deu uma arma de fogo de uso restrito para R.F.S. executar o homicídio, enquanto E.M.A., que era vizinho da vítima, cedeu sua casa para que todos vigiassem a rotina dele, como horários de chegada e de saída da residência, “e assim pudessem surpreendê-lo no momento do crime”, cita.

O caminhoneiro foi morto quando deixava sua casa para embarcar no caminhão, alvejado por sete vezes, inclusive com tiros na cabeça. Aline apontou que, para a execução, dois dos acusados foram ao local numa motocicleta e fizeram percurso estratégico para evitar câmeras de monitoramento, enquanto E. chegou a mudar de cidade.

J. e R. foram denunciados pelo homicídio com quatro qualificadoras: mediante paga, por motivo fútil, recurso que dificulte a defesa da vítima e com emprego de arma de fogo de uso restrito. Para E., a promotora pediu a condenação pelo mesmo crime, mas com exceção da qualificadora mediante paga.

A Justiça irá analisar a denúncia e, caso aceite, todos se tornarão réus e as defesas poderão se manifestar nos autos.

Foto: Diário de Justiça

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