Entrega de cesta básica em Limeira cresce 30% no segundo ano da pandemia

No ano marcado pelo avanço dos efeitos da pandemia da Covid na economia, a vulnerabilidade social em Limeira exigiu mais do poder público local. Em média, o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom) distribuiu 3.450 cestas básicas por mês, o que representa cerca de 41,4 mil ao longo de 2021.

O índice representa crescimento de 30% na comparação com os dados de 2020, primeiro ano da pandemia do coronavírus. Naquele ano, a cidade distribuiu 31.715 cestas básicas.

O aumento já era esperado: em julho do ano passado, o DJ mostrou que o Ceprosom já havia entregado, até aquele momento, 76% do total de cestas básicas distribuídas no ano anterior. A elevação, portanto, só confirmou a tendência já verificada no transcorrer de 2021.

Os dados foram informados pela diretora de Proteção Social do Ceprosom, Vanderleia Serrano, ao vereador Dr. Júlio César Pereira dos Santos (União Brasil). Em agosto do ano passado, o sistema de atendimento sofreu uma grande mudança. A cesta básica foi substituída pelo Cartão Alimentar, hoje utilizado por 2.287 famílias cadastradas na autarquia.

Mesmo com a implementação do cartão, o Ceprosom diz que ainda prioriza a distribuição de cestas básicas, em especial as que chegam por meio de doações da comunidade limeirense por meia da campanha Limeira Solidária.

“A equipe de técnicos faz um trabalho efetivo de acompanhamento às famílias, buscando a inserção de todos aqueles que apresentam situação de vulnerabilidade e risco, na rede de serviços da Proteção Social. [Isso é feito] por meio da oferta de ações de prevenção e enfrentamento em defesa dos direitos, possibilitando o desenvolvimento dos indivíduos, famílias e territórios, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social [CRAS]”, informou Leia no ofício.

Já o Cartão Alimentar é destinado a famílias socialmente vulneráveis, em situação de pobreza – aquelas com renda familiar mensal per capita entre R$ 89,01 a R$ 178) – ou de extrema pobreza (renda familiar mensal per capita de até R$ 89), conforme prevê a Lei 6.545/21.

Para ter direito ao cartão, é preciso morar em Limeira e estar inscrito do Cadastro Único. A prioridade é atender famílias com crianças, adolescentes, pessoas com deficiência, idosos e mulheres. O valor é creditado no cartão automaticamente, ou seja, o usuário não precisa ir até o Centro Comunitário.

A partir do cartão, as famílias passaram a ter liberdade para comprar alimentos específicos, como carnes e frutas, que não integram a cesta básica. Por outro lado, os usuários não podem usar o dinheiro em compras de bebidas alcoólicas, cigarro, roupas, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, utensílios domésticos ou qualquer outro item que não seja de alimentação, sob pena de cancelamento do cartão.

O valor do Cartão Alimentar começou em R$ 101,80. Em dezembro passado, os vereadores aprovaram lei do Executivo que elevou a quantia para R$ 130,80, valor atual. A legislação passou a prever, ainda, a possibilidade de o Executivo promover reajustes por meio de decreto, sem a necessidade de aval da Câmara de Limeira. Segundo o Ceprosom, o valor médio das cestas básicas condiz com o valor atual do Cartão Alimentar.

Foto: Prefeitura de Limeira/Arquivo

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