O prefeito de Cordeirópolis, Adinan Ortolan (MDB), informou em coletiva on-line à imprensa na tarde desta segunda-feira (22), a morte de uma mulher, de 46 anos, que estava intubada no Hospital Municipal da cidade. Apesar de assistida, ela morreu à espera de uma vaga para transferência hospitalar.
“A paciente estava sob cuidados médicos, inclusive com fisioterapeuta intensivista. Infelizmente, o desfecho que houve aqui poderia ter acontecido mesmo que ela fosse transferida a algum hospital da região. No entanto, ela estava na fila do Cross [Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde]”, disse o prefeito. Até ontem, havia seis pessoas aguardando transferência, sendo duas delas na UTI – a mulher que faleceu era uma delas e estava intubada.
O Hospital Municipal pode dar assistência médica por tempo limitado. Não há estrutura para internação prolongada. E não há profissionais de saúde para serem contratados. Por isso, a necessidade de transferir os casos graves.
O prefeito disse que tentou implantar um hospital de campanha na cidade, ampliar o número de leitos para manter pacientes graves, mas de acordo com ele não há equipamentos, medicamentos e oxigênio para ampliação da estrutura. Ortolan informou que o Município comprou nove respiradores e espera, agora, comprar bombas de fusão.
Há dois respiradores no hospital em Cordeirópolis e um foi enviado para a URC em Limeira, onde pacientes da cidade também são internados.
Ele falou do cenário crítico que deve se manter nas próximas semanas. As fiscalizações serão intensificadas. Agora, a cidade registra 36 mortes.
Empresas serão avisadas
Adinan disse que esteve em reunião com empresários. A partir de agora, as ocorrências que envolverem aglomerações serão informadas às empresas. “Constatamos que muitas destas reuniões/confraternizações são realizadas por grupos de colegas de trabalho”. Os indivíduos serão identificados às empresas.
O prefeito enfatizou que é preciso que todos estejam conscientes da gravidade do momento.
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