Condenado um dos presos envolvidos em roubo a camionetes em Limeira

A Justiça de Limeira condenou A.S.A., de 21 anos, a 9 anos de prisão por roubo de uma camionete em Limeira, em fevereiro de 2023, quando um empresário estava parado com o veículo no semáforo da Rotatória da Taba do Brasil, no Jardim Glória. A sentença foi assinada nesta quinta-feira (20) pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Ricardo Truite Alves, que determinou o cumprimento em regime fechado e, portanto, o jovem permanecerá preso. Ele é um dos presos envolvidos em outros roubos a camionetes na cidade.

O jovem responde a pelo menos mais duas outras ações penais. Ele foi preso pouco tempo depois do roubo pelo qual foi condenado nesta quinta. Neste primeiro caso, apesar do réu dizer em juízo que é ajudante de pintor e que estava trabalhando no dia do roubo, uma câmera interna da camionete flagrou imagens dele. O veículo era equipado por outros aparelhos de monitoramento.

Era 7h45 de 20 de fevereiro, uma segunda-feira, quando o empresário e a esposa foram tirados a força do veículo por dois homens em uma moto. O acusado desceu da garupa da moto e anunciou o assalto, apontando uma pistola, enquanto o outro assaltante levou a mão na cintura, fazendo menção de estar armado. Na sequência, o denunciado tomou a condução da camionete e ambos os assaltantes fugiram. Minutos após, o veículo foi localizado pela Guarda Municipal.

Dias depois, devido a outros crimes semelhantes com foco em camionetes, a Polícia Civil de Limeira, comandada pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Leonardo Monteiro Luiz, e apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou suspeitos e cinco foram presos. A vítima do roubo na rotatória reconheceu A. por imagens. A defesa dele apontou ilegalidade desta prova, mas o juiz afirmou que a alegação não está caracterizada no caso, “pois no presente caso há distinção [distinguishing] […] , já que a ação do réu e seu comparsa foi gravada pela imagem da câmera instalada na caminhonete da vítima e o reconhecimento fotográfico não foi o único meio de prova a sustentar a presente condenação”. Nas audiências, a acusação foi feita pelo promotor do Gaeco, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua.

Roubo a camionetes diminuíram

Além do interrogatório do réu, testemunhas foram ouvidas, incluindo agentes policiais. Um deles informou que no dia da prisão o réu estava com a mesma roupa utilizada em outro roubo. Também disse que depois da prisão dele, os crimes de roubo de caminhonetes diminuíram significativamente em Limeira.

Um outro policial informou que o acusado foi preso em outro delito de roubo e verificou no celular que havia várias imagens de caminhonetes e negociação desses bens. Havia conversas com outro homem, que combinavam empreitadas criminosas

Condenação

O réu não poderá apelar em liberdade, “uma vez que permaneceu preso durante este processo [prisão temporária e preventiva] e ainda persistem os fundamentos que determinaram a prisão, em especial, a necessidade de garantir a ordem pública, ante as nefastas consequências de crimes contra o patrimônio [roubo] para a sociedade em geral e a probabilidade concreta de solto voltar a praticar a atividade criminosa, devendo ser recomendado na prisão em que se encontra recolhido, anotando-se que o roubo em questão foi praticado com emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, contra vítima idosa”, diz a sentença.

Foto: Freepik

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