Com mais de 200 mil casos em 1 ano, fraude eletrônica exige atenção com cibersegurança

Com mais de 200 mil ocorrências no ano passado, o estelionato por meio eletrônico chama a atenção na edição 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mas como as fraudes ocorrem por essa modalidade de crime? Fernando Bryan Frizzarin, especialista em cibersegurança da BluePex® Cybersecurity, detalha as principais táticas usadas pelos golpistas.

Conforme o relatório disponibilizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 foram registradas 200.322 ocorrências caracterizadas como estelionato por meio eletrônico e Santa Catarina é o estado com o maior número de casos: 64.230. A Lei 14.155 inseriu a fraude eletrônica no artigo 171 (estelionato) do Código Penal e passou a vigorar somente em maio de 2021. Naquele ano ocorreram 120.047 crimes dessa natureza.

Para ser considerado estelionato por meio eletrônico, o golpista se utiliza de informações fornecidas pela vítima, ou terceiro, após induzi-la a erro por meio das redes sociais, contatos telefônicos ou e-mail. Fernando descreve que essas situações podem ocorrer de muitas formas, mas, no geral, através de dados expostos consciente ou inconscientemente por funcionários da empresa. Também faz um alerta: é necessário atenção com eventuais cobranças falsas ou até mesmo quando o golpista se aproveita de um relacionamento para extorquir a vítima. “É necessário ter atenção aos detalhes para identificar um contato que, por exemplo, é anunciado como de um banco ou de um fornecedor, na verdade é feito por um golpista”, alertou.

Além das ferramentas e equipamentos de segurança que toda empresa precisa ter em pleno funcionamento, como softwares de controle, antivírus e firewalls, os funcionários também precisam receber treinamentos específicos para lidar com esse tipo de ameaça considerando que, com a impossibilidade de invadir sistemas, o ataque irá voltar-se para as pessoas, por meio do uso de engenharia social, para dissimular ações criminosas induzindo a vítima a facilitar, e às vezes ajudar involuntariamente, o crime.

Outra característica do estelionato eletrônico, que está prevista na legislação, é a prática dos criminosos em usar servidores mantidos fora do território nacional, na tentativa de impedir o rastreamento ou identificação do autor do golpe. Porém, conforme explica Fernando, isso é um engano. “Os dados podem ser rastreáveis em qualquer lugar do mundo e, configurando-se crime, as provas podem ser obtidas através de acordos de cooperação internacional de forma relativamente fácil e rápida. Tratando-se de meios eletrônicos, a rastreabilidade de ações criminosas é garantida em quase todas as modalidades. O mais importante é acionar as autoridades policiais e judiciais para que esse rastreamento aconteça e haja a possibilidade de encontrar-se os responsáveis”.

Apesar de a lei ser recente, o especialista acredita que foi dado o primeiro passo para coibir esse tipo de crime e, por meio dos registros e contabilização dos casos, é possível determinar as regiões geográficas mais afetadas e o perfil geral das vítimas. “Permite, dessa forma, a possibilidade não apenas da busca e punição do golpista, mas também a conscientização e educação das pessoas para que não sejam vítimas”, finalizou.

Sobre a BluePex® Cybersecurity

A BluePex® Cybersecurity é uma empresa com mais de duas décadas de experiência na fabricação de tecnologia para o mercado de cibersegurança. É certificada com o selo EED – Empresa Estratégica de Defesa, do Ministério de Defesa do Brasil, e é pioneira ao receber o selo VB-100, na América Latina.

Marca de presença global que ostenta um diferencial exclusivo por ofertar suporte direto ao cliente, 24 horas por dia nos 7 dias da semana, a BluePex® possui mais de 100 mil dispositivos protegidos diariamente, mantendo um índice de satisfação de 9,8 (cuja nota máxima é 10).

Foto: Freepik

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