Acredite em ET!

por Fernando Bryan Frizzarin

Tenho notado que o assunto dos ETs está de volta aos holofotes, mas agora com uma nova roupagem e sigla – os OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) são agora chamados de UAPs (Fenômenos Aéreos não Identificados).

Confesso que tenho acompanhado tudo com certo entusiasmo, mesmo que sempre tenha sido cético em relação à ideia de seres de outros planetas fazendo experimentos estranhos, assustando vacas e assombrando pessoas perdidas. Afinal, nunca vi uma prova concreta disso tudo.

Recentemente, muitas notícias surgiram, principalmente depois que uma comissão no Congresso dos Estados Unidos foi criada para jogar luz sobre o assunto. Parece que eles acreditam que os militares americanos estejam escondendo partes de naves e até mesmo corpos de extraterrestres em alguma base secreta.

Mas, óbvio, tudo o que temos são relatos de relatos. Sem evidências reais. Sem fotos ou vídeos decentes que nos mostrem o que realmente está acontecendo.

A gente até tem milhões de celulares com câmeras incríveis por aí, sem falar das câmeras espalhadas em todos os cantos, mas, ainda assim, não conseguimos um flagra decente desses ETzinhos em alta definição e cores vivas.

O mundo todo tem várias iniciativas para captar sinais de vida inteligente pelo espaço sideral. Você deve ter ouvido falar do SETI, que busca por sinais de rádio que possam indicar a existência de inteligência extraterrestre. Tornou-se famoso por causa do livro e do filme “Contato”, do astrônomo Carl Sagan.

Na verdade, já tivemos uma suposta detecção em 15 de agosto de 1977 – exatamente 46 anos atrás – chamada de sinal “Wow!”. Aparentemente, veio da constelação de Sagitário, durou alguns segundos e nunca mais foi detectado de novo.

Existem várias teorias sobre como uma civilização inteligente poderia transmitir um sinal de rádio mais óbvio para que pudéssemos detectar. Alguns cientistas sugerem usar a frequência natural do hidrogênio, que é o elemento mais abundante do Universo. Mas mesmo se conseguíssemos captar o sinal, como entender a linguagem? E se estivermos recebendo transmissões de outras civilizações inteligentes e nem sequer percebemos por que não conseguimos entender?

Nesse caso, só teremos certeza se eles aparecerem aqui pessoalmente em suas naves espaciais, como nos filmes de ficção científica. Mas a ciência diz que as chances são remotas. As distâncias são simplesmente intransponíveis para os seres vivos. Mesmo se houvesse uma maneira miraculosa de superar esse problema, a melhor ideia seria enviar robôs – eles não precisam comer, dormir, não sentem falta de gravidade e não ficam entediados em longas viagens.

Aliás, nós humanos já estamos colonizando outros planetas do Sistema Solar dessa forma – enviando robôs e sondas para explorar quase todos os cantos do nosso sistema natal. Eles dão uma olhadinha, tiram algumas fotos e mandam de volta para casa usando, acredite, sinais de rádio.

Quem sabe, no futuro, poderemos construir robôs quânticos com inteligência artificial tão avançada que poderão viajar por centenas, milhares de anos-luz em busca de outros planetas habitados por civilizações extraterrestres? Eles poderiam levar todo o conhecimento acumulado da Humanidade até o momento e tentar estabelecer contato.

Consigo visualizar a cena: uma espaçonave terráquea chegando a um planeta estranho, e de lá sai um robô superinteligente que, com uma mão amigável erguida, diz “Eu venho em paz”. Todos lá devem achar mesmo a coisa mais estranha possível, afinal, você acha que ET falaria português ou inglês, como nos filmes?

Enfim, sou convicto que esse é uma boa discussão, e a inteligência artificial talvez seja a chave para resolver o problema de “conhecermos” outros mundos e civilizações em planetas distantes e depois voltar para nos contar como foi.

Parece que muitas pessoas acreditam que isso está acontecendo agora mesmo aqui na Terra, que estamos sendo visitados por ETs em seus discos voadores. Só falta tentarem algum contato efetivo.

Mas em meio a todas as coisas estranhas em que as pessoas acreditam, mesmo sem quaisquer evidências científicas – especialmente durante a recente pandemia de COVID-19 – acreditar em ETs, OVNIs ou UAPs parece uma opção bem saudável e divertida.

Fernando Bryan Frizzarin é professor, escritor, inventor, é Gerente do Suporte Técnico da BluePex Cybersecurity S/A, Diretor Técnico e Operacional na Fábrica de Inovação de Limeira e professor do ensino superior nas FATECs Araras e Americana, SP. Formado em Ciência da Computação, Especialista em Redes, Psicopedagogo e MBA em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação. Autor, coautor ou participante de vários livros na área de computação e literatura. Depositário de patente, marca e de diversos registros de programas de computador como autor ou coautor em cooperação com colegas de trabalho ou alunos. Membro imortal da Academia Mundial de Letras da Humanidade sucursal Limeira, SP. Foi laureado com o Diploma Pérola Byington da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste e Professor Universitário Inovador da Câmara Municipal de Limeira.

Os artigos assinados representam a opinião do(a) autor(a) e não o pensamento do DJ, que pode deles discordar

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