Ao menos três pessoas apresentaram, no mês passado, representações com pedido de investigação policial de uma empresa de investimentos sediada em Limeira. As petições apontam que o CEO da empresa não cumpriu acordo de devolver repasse de juros simples, como anunciado antes da assinatura do contrato.

As vítimas, todas de Limeira, estão representadas pelo mesmo advogado. Elas informam que o limeirense se apresenta nas redes sociais como CEO de uma empresa de investimentos financeiros. Em anúncios, prometia liberdade financeira aos clientes. Um dos serviços era a oferta de rendimentos de 8% ao mês sobre um capital inicial que seria investido, pela empresa, no mercado.

Atraído pelo investimento, um homem fechou cinco contratos de mútuos onerosos, em crédito total de R$ 70 mil. Até o dia 10 de cada mês, o empresário devolveria 8% de juros simples sobre esse valor. No contrato, também está estipulado que venceria 12 meses após a assinatura e, depois de 30 dias do vencimento, o total do valor aportado inicialmente seria devolvido ao contratante.

Ocorre que, meses após o fim do último contrato, o empresário deixou de repassar os 8% como previsto. A vítima procurou o investidor pelo WhatsApp. Em resposta, ele disse que vai honrar os compromissos, mas avisou que todos os seus bens foram vendidos. Assim, desencorajou-o a buscar solução judicial: “Ainda que se sagre o vencedor, não irá receber nada, pois nem eu e minha empresa temos mais nada”, diz a mensagem.

A segunda vítima denunciou os mesmos fatos. No caso da mulher, o capital inicial foi ainda maior – R$ 235 mil. A terceira vítima – um homem, aportou R$ 131 mil e também deixou de receber os rendimentos combinados.

As vítimas pedem apuração, já que o empresário e a empresa sumiram e estão em processo de esvaziamento de patrimônio. “[Isso] ultrapassa o mero descumprimento contratual, haja vista sua mudança de endereço e da sua empresa de forma repentina, para fugir das suas obrigações perante seus credores, resta evidente a prática do crime previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro”, dizem as petições.

Boletins de ocorrência foram registrados. De posse das representações, o Ministério Público determinou o envio das petições aos inquéritos policiais. Agora, o caso será investigado pela Polícia Civil.

Foto: Pixabay

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