Vereador quer lei para cortar e proibir plantio de espatódea em Limeira

Uma proposta que foi protocolada nesta semana na Câmara Municipal de Limeira quer proibir a produção de mudas, distribuição e o plantio da espécie Spathodea campanulata, árvore também conhecida pelos nomes de espatódea, bisnagueira, tulipeira-do-gabão, xixi-de-macaco ou chama-da-floresta.

A ideia é do vereador Dr. Júlio César Pereira dos Santos (DEM). Além destas proibições, o texto da lei, caso seja aprovado, já autoriza o corte e a poda das árvores já plantadas em Limeira. Inclusive, há previsão para corte imediato das espécies que estão em terrenos ou espaços públicos. Se estiver em área particular, será preciso autorização prévia da Prefeitura.

A propositura também estabelece que cabe ao Executivo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, incentivar a substituição da espatódea por espécies nativas. O vereador previu multa para quem descumprir as regras, mas deixou para que o Executivo defina o valor.

A cruzada do parlamentar contra a planta é justificada como o enfrentamento a um problema ambiental. A espatódea é de origem africana e tem grande porte, atingindo de 15 a 25 metros. Segundo Dr. Júlio, é uma espécie potencialmente invasiva. “Tem raízes pouco profundas e são relativamente frequentes os casos de queda de galhos [podres], fazendo com que esta árvore não seja uma boa opção em centros urbanos”, apontou.

O principal problema, no entanto, é o dano provocado à fauna. Diz o vereador que a espatódea tem flores com alcaloides tóxicos, que são letais para abelhas e beija-flores. “Isso causa um grande desequilíbrio ecológico, especialmente na época de florada desta árvore, pois as abelhas, os beija-flores e outras espécies de insetos e aves são os principais polinizadores de nossa flora, sem contar os prejuízos às pessoas que dependem da apicultura e meliponicultura como fonte de renda.

De acordo com a justificativa do projeto, a morte de abelhas nativas pode trazer problemas para o ambiente natural. “A proibição do plantio desta árvore, a realização de cortes e a substituição das existentes por espécies nativas que não causem mal às nossas abelhas e aos nossos beija-flores, principalmente, virão contribuir para que não exista desequilíbrio na natureza, com preservação destas e de outras espécies”, concluiu Dr. Júlio.

O projeto tramita pelas comissões permanentes da Câmara.

Foto: Divulgação

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.