Venda de toner falso à Polícia Civil em Limeira é investigada

A Polícia Civil de Limeira instaurou procedimento para apurar possível falsidade de produtos adquiridos pela instituição e entregues por uma empresa fornecedora. A suspeita recai sobre 10 cartuchos de toner para impressora entregues por uma fabricante de Maringá (PR).

Em março deste ano, o setor de finanças da Delegacia Seccional de Limeira iniciou licitação na modalidade convite, por meio da Bolsa Eletrônica de Compras (BEC), para aquisição de materiais de suprimentos de informática nas unidades policiais subordinadas. O procedimento incluía pendrive, mouse, disco rígido, mídias, cartuchos de toner, entre outros itens.

O edital exigia que as dez unidades de toner para impressão fossem originais do fabricante, com componentes novos. O item foi vencido pela empresa paranaense no valor de R$ 1,6 mil. O material foi entregue em Limeira no dia 4 de abril.

No entanto, funcionários do setor de finanças e almoxarifado desconfiaram de que o material entregue aparentava não ser produto original do fabricante, como exigia o edital. A equipe entrou em contato com a empresa pelo serviço de atendimento (SAC) e, via e-mail, recebeu dicas sobre como deveriam proceder para verificar a originalidade dos materiais.

Os materiais foram enviados ao Instituto de Criminalística (IC) e o órgão confirmou que as peças não eram originais, sendo reproduções. A nota fiscal foi cancelada e uma portaria foi baixada pela Delegacia Seccional para apurar os fatos.

O boletim de ocorrência foi registrado, a princípio, como “não criminal”. O laudo entregue pelo IC aponta que foi encontrado um amplo conjunto de divergências entre os padrões de confronto fornecidos e as peças questionadas, tanto nas características quanto nos itens de segurança.

“Portanto, diante deste quadro, pode-se concluir que as peças de exame não possuem as características de originalidade presentes nos padrões de confronto, o que denota falsidade das mesmas”, conclui o laudo.

A Seccional de Limeira expediu carta precatória ao município de Maringá (PR) para que os representantes da fornecedora sejam questionados sobre os fatos e, agora, aguarda as explicações para dar andamento à investigação.

Foto: Reprodução/Google

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