A pedido do Ministério Público (MP), o juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Guilherme Lopes Alves Lamas, mandou oficiar a Prefeitura para que, com seu veterinário, faça uma avaliação das condições de saúde dos mais de 100 cães da raça Lulu-da-Pomerânia, vítimas de maus-tratos por um casal em fatos descobertos em um condomínio de chácaras no mês de abril.
Como o DJ revelou nesta semana, o magistrado suspendeu o leilão dos animais após manifestação da Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa), que defende a disponibilização dos animais para adoção, e não alienação. Dos 138 animais encontrados, 18 morreram por diversas causas, incluindo cinomose em alguns, que estavam separados enquanto eram tratados.
No documento, a Alpa sugeriu a castração dos animais e o juiz solicitou parecer do MP. O promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua decidiu pedir expedição de ofício ao Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal para que, por meio de veterinário, avalie os animais no local onde eles se encontram atualmente (4 ONGs) para informar as condições de saúde e esclarecer se a castração, como sugerida, é a melhor medida para o tratamento dos cães.
O Município também deverá informar se existe algum programa nos moldes de “lar temporário” para animais. Este serviço, mantido pela Prefeitura, funciona na Rua Sólon Borges dos Reis, 251, no Jardim Campos Elíseos.
Em relação à sugestão de colocar os animais para adoção, o promotor vai esperar a manifestação dos antigos donos, réus na Justiça, em respeito ao contraditório, bem como as informações prestadas pela Prefeitura de Limeira.
O casal A.C.V. e F.V.F.V. ainda não apresentou resposta à acusação do Ministério Público, mas a Justiça já agendou a primeira audiência de instrução do processo, marcada para 25 de agosto próximo.
Foto: Reprodução
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