A vereadora Mariana Calsa (PL) encaminhou no mês passado à Prefeitura de Limeira requerimento e questionou informações acerca do universo da empregabilidade feminina no Município. Em resposta à vereadora, a Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação descreveu que as mulheres representam quase metade dos Microempreendedores Individuais (MEIs) na cidade.
O objetivo do requerimento, de acordo com a parlamentar, foi obter as informações para entender a dinâmica de situações que envolvem oportunidades do mercado de trabalho e o impacto da pandemia para traçar futuras políticas públicas. “A relação entre as oportunidades do mercado de trabalho e as mulheres se dá em um campo de muitas dificuldades e desafios permeados por uma] cultura machista e misógina histórica de nossa sociedade. O acesso ao emprego, principalmente na modalidade formal, tem impacto grande no âmbito econômico da mulher, mas também em indicadores sociais como saúde, segurança, entre outros. Nas últimas décadas, a participação feminina no mercado formal aumentou, mas ainda representa a minoria em relação aos homens. A pandemia teve grande impacto nesta dinâmica recentemente e é possível que os seus efeitos ainda reverberem por mais tempo. Este requerimento se destina a entender esta dinâmica em nossa realidade local de modo que políticas específicas sobre o tema possam ser traçadas a fim de produzir benefícios direcionados à proteção e empoderamento das mulheres”, justificou.
Na resposta, o secretário José França Almirall comunicou que os dados relacionados aos MEIs são da Receita Federal e, em Limeira, menos da metade são mulheres. “Segundo informações da Receita Federal, o total de mulheres optante pelo MEI até o dia 13 de maio é de 14.290, o que representa 46% do total de MEls no nosso Município”, informou.
Quanto às demissões e admissões de mulheres, o secretário reportou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) desde 2020, sendo que, em 2023, apenas dados do primeiro trimestre estavam disponíveis:
2020: saldo de -930 vagas de trabalho criadas (11.454 admissões e 12.391 demissões);
2021: saldo de 2.462 vagas de trabalho criadas (17.903 admissões e 15.441 demissões);
2022: saldo de 2.240 vagas de trabalho criadas (21.633 admissões e 19.393 demissões);
2023: saldo de 1.005 vagas de trabalho criadas (5.906 admissões e 4.901 demissões).
Além do saldo de vagas criadas, a Secretaria de Desenvolvimento também disponibilizou o balanço por setor, também do Caged e com dados de 2023 referentes ao primeiro trimestre:
Agropecuária: 1 (2020), 33 (2021), -29 (2022) e -9 (2023);
Indústria: -105 (2020), 910 (2021), 1.007 (2022) e 286 (2023);
Construção: -6 (2020), 51 (2021), 61 (2022) e -6 (2023);
Comércio: -87 (2020), 1.055 (2021), 298 (2022) e -54 (2023);
Serviço: -740 (2020), 413 (2021), 903 (2022) e 788 (2023).
Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil
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