O Ministério Público (MP) pediu o arquivamento do inquérito policial que apurava crime de lesão corporal dolosa envolvendo uma briga entre dois haitianos moradores de Limeira. Na confusão, o suposto agressor, que é enteado da vítima, mordeu e arrancou um dos dedos do companheiro da mãe.
O caso aconteceu em 5 de dezembro de 2020, na Avenida Dr. Lauro Corrêa da Silva, em trecho do Jd. do Lago. Policiais militares foram acionados para atenderem uma briga. No local, encontraram dois homens com muitas manchas de sangue nas roupas. Ambos são do Haiti, país da América Central, mas falavam a língua portuguesa.
Os dois foram qualificados e os PMs foram informados do começo e evolução da briga. No confronto, W.O., de 22 anos, arrancou, com os dentes, o indicador da mão direita de P.A., de 30 anos. Embora a confusão tenha ocorrido no meio da via pública, não foi possível identificar testemunhas do desentendimento.
Os homens foram encaminhados para o hospital e, posteriormente, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as circunstâncias. Em depoimento, W.O. disse que trabalhava em uma empresa do ramo de construção civil. Naquela tarde, discutiu com P.A., que tentou agredi-lo. Como defesa, mordeu a mão do oponente.
Por sua vez, P. disse que já teve desentendimento com W., que é filho de sua companheira. Alegou que o rapaz fez insinuações e mordeu seu dedo, que precisou ser amputado. Para se defender, ele também agrediu o enteado.
Com o envio das informações, o promotor Daniel Fontana analisou tudo e, em manifestação enviada à Justiça no último dia 14 de março, não viu elementos para ajuizar a ação penal. “Pela análise do procedimento, não restou esclarecido quem teria dado início à briga e quem teria agido em legítima defesa. Neste momento, não vislumbro outras providências possíveis para se apurar os fatos acima narrados”, apontou.
O pedido, que deve ser atendido, será analisado pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Guilherme Lopes Alves Lamas.
Foto: Diário de Justiça
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