A médica limeirense de 42 anos, presa na última quarta-feira após resistir a cumprimento de mandados em investigação que apura desvio em contratos destinados ao fornecimento emergencial de leitos de UTIs, foi solta nesta quinta-feira (19/08), após imposição de medidas cautelares por parte da Justiça de Limeira.
Ela deve pagar, num prazo de 30 dias, fiança de 20 salários mínimos (cerca de R$ 22 mil) por ordem do juízo da 3ª Vara Criminal de Limeira. Inicialmente, ela foi indiciada por lesão corporal, desacato, desobediência e resistência. Na megaoperação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Distrito Federal em conjunto com a 3ª e a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prossus), chamada de Operação Ethon, policiais civis de São Paulo visitaram um endereço em Limeira e a médica tentou barrar a ação policial.
Os mandados de busca e apreensão expedidos foram cumpridos no Distrito Federal e em cidades do Amazonas, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Em Limeira, os policiais visitaram um endereço no Jardim Mercedes e a médica tentou impedir os trabalhos. Ela foi detida e apresentada na Delegacia de Capturas da Capital paulista.
Como a médica é primária e não possui maus antecedentes, o Ministério Público (MP), por meio do promotor Rodrigo Fiúsa, solicitou à Justiça o agendamento de audiência na qual a médica vai avaliar a proposta de suspensão condicional do processo relativo aos crimes de desacato e resistência. Para que o processo fique suspenso por 2 anos, o promotor propôs que ela compareça mensalmente em juízo para justificar suas atividades, não mudar de residência sem comunicação prévia, não se ausentar de seu domicílio por mais de 8 dias sem avisar a Justiça, não frequentar bares e estabelecimentos similares, comparecer em juízo quando intimada e também à perda do valor já pago a título de fiança.
A audiência será designada pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Limeira.
Foto: Pixabay
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