Justiça de Limeira manda a júri popular envolvido em homicídio no Boa Esperança

A juíza Graziela da Silva Nery pronunciou R.P., acusado de envolvimento no homicídio de Edgar Paulo Vicente, de 23 anos, na noite de 31 de janeiro de 2019, no Jardim Boa Esperança, em Limeira. O jovem foi morto com tiros nas costas. O réu será julgado por homicídio duplamente qualificado e corrupção de adolescente, porque a história também envolve o seu sobrinho.

Edgar chegou a ser socorrido até o hospital, mas não resistiu. Os testemunhos colhidos pela Justiça indicam versões conflitantes sobre quem teria sido responsável pelos tiros. PMs que atenderam a ocorrência no local ouviram testemunhas dizerem que houve uma discussão e, em seguida, o réu teria ameaçado a vítima. Depois, ele retirou a arma da cintura e entregou-a ao adolescente, que teria feito os disparos. Ambos deixaram o local no mesmo veículo.

A motivação da briga seria a cobrança de uma dívida que, segundo a esposa de Edgar, já estava paga. Uma outra testemunha ouvida pela Justiça deu uma versão diferente. Segundo ela, uma tocaia foi armada contra a vítima. E a dinâmica foi outra: R. sacou a arma e entregou para o sobrinho, ordenando que atirasse. Mas a esposa de Edgar entrou na frente. O acusado teria derrubado ela primeiro e, na sequência, ele mesmo, com outra arma, atirou contra Edgar pela frente.

À Justiça, o sobrinho do acusado disse que foi ele o autor dos disparos que matou Edgar e afirmou que o seu tio nem estava no local. O jovem relatou que sofria ameaças e, por isso, comprou um revólver calibre 38. Alegou que atirou para se defender. O réu negou a acusação.

Após as oitivas, a juíza apontou que as provas não estavam aptas a afastar a possibilidade de que R. tenha colaborado efetivamente com o assassinato de Edgar. “Estão configurados os elementos indiciários suficientes à demonstração da autoria, impondo-se a pronúncia do acusado pelo delito descrito na inicial acusatória”, apontou a sentença, assinada em 17 de dezembro passado.

O réu, que está preso, pode recorrer contra a decisão.

Foto: Reprodução

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