A pedido do Ministério Público (MP), a Justiça de Limeira arquivou, no último dia 21 de março, o inquérito policial que investigou a morte do mecânico Diego Francisco Zanon, de 33 anos. Ele foi encontrado morto no dia 20 de setembro de 2022, caído ao lado de sua bicicleta. As circunstâncias indicam possível acidente de trânsito, mas a apuração não identificou autoria.
O corpo foi encontrado por volta das 4h na Rua El Salvador, no Jd. Abílio Pedro, cruzamento com a Rua Carlos Henrique Teixeira Martins, ao lado da parede de um imóvel. O rosto apresentava escoriação. O laudo necroscópico apontou traumatismos múltiplos.
Diego morava com a companheira no bairro. À Polícia Civil, ela relatou que, no início da noite anterior, ele recebeu um telefonema da ex-esposa, que o cobrou da pensão alimentícia. Houve uma discussão e Diego ficou nervoso após desligar. Por volta das 21h, ele saiu de bicicleta para dar uma volta. Quando voltou, a mulher notou que ele havia ingerido bebida alcóolica.
Às 22h, ele saiu novamente de casa dizendo que buscaria cervejas e não voltou mais. Por volta da meia-noite, a mulher saiu à rua a procurá-lo e não o localizou. Passou a madrugada preocupada e sem dormir. No dia seguinte, soube da morte de um homem pela internet e identificou a bicicleta como sendo a do companheiro. O veículo desapareceu depois. Perto do local onde o corpo foi achado, havia um carro estacionado. O proprietário foi ouvido e disse não ter escutado nada. Ele disse que seu veículo não foi atingido pela bicicleta.
A Polícia Civil entregou o relatório final neste mês à Justiça. Ao analisar os fatos, a promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti entendeu que não foi possível esclarecer quem foi a pessoa que causou os ferimentos em Diego, embora o laudo aponte que os politraumatismos são originados de acidente, provavelmente de trânsito.
“A partir do relatório de investigações observou-se que não foram captadas as imagens do local onde teria ocorrido o acidente, de modo que não há indícios de autoria delitiva”, apontou Débora. Encerradas as possibilidades de investigação, o juiz auxiliar da 3ª Vara Criminal de Limeira, Ricardo Truite Alves, acolheu o pedido da promotora e arquivou o inquérito.
Foto: Pixabay
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