Investigação que envolve Limeira aponta que servidores de Eng. Coelho teriam ‘ganhado’ terreno

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está com fartos materiais eletrônicos, que são analisados e podem servir de prova, de suspeitos de envolvimento em esquema que envolve parcelamento de solo urbano e construção de condomínios fechados no município de Engenheiro Coelho. A operação aconteceu na última sexta-feira (16) e também esteve em Limeira.

Segundo relatos, houve solicitação de vantagem indevida por parte de funcionários públicos de Engenheiro Coelho para que os loteamentos fossem autorizados e não sofressem com empecilhos impostos pela municipalidade. Esses servidores teriam recebido terrenos nos próprios empreendimentos e firmado contratos com os demais envolvidos.

Doze promotores de Justiça e 48 policiais do 10º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar cumpriram 15 mandados judiciais de busca e apreensão relacionados a nove pessoas físicas e oito jurídicas, sendo algumas sediadas no mesmo endereço. De Limeira, uma empresa que se desdobra em outras é o foco das apurações.

O procedimento investigatório criminal instaurado pelo Gaeco apura a prática, em tese, de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e promoção de organização criminosa. Iniciada após representação criminal acompanhada de documentos e oitiva de testemunha, a investigação identificou pessoas jurídicas que teriam conexão com os empreendimentos imobiliários e poderiam estar envolvidas em irregularidades praticadas por servidores públicos e empresários, entre outros. Uma das etapas da averiguação contou com a quebra de sigilo telemático autorizada pela Justiça.

Na operação, foram apreedidos computadores, celulares e HDs. Mais diligências serão realizadas. Interrogatórios estão marcados para o início de 2023. O possível esquema pode se desdobrar a outras empresas e mais cidades.

Após o fim das investigações, será analisada eventual possibilidade de oferecimento de denúncia ou adoção de outras medidas.

Foto: Divulgação MPSP

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