A Comissão de Educação da Câmara Municipal de Limeira decidiu, nesta quarta-feira (09/03), enviar ofício à Prefeitura questionando a possibilidade de o dinheiro vindo dos termos de colaboração começar a ser repassado às escolas municipais ainda no mês de janeiro.
A medida veio após visitas feitas pelas vereadoras Terezinha da Santa Casa (PL) e Constância Félix (PDT). No CI Irene Gomes, elas foram recebidas pela diretora Ana Lúcia de Azevedo Faustino. A escola atende 260 alunos do berçário 1 à 2ª etapa, ou seja, de quatro meses a seis anos de idade.
De acordo com a diretora, a escola não tem demandas de melhorias na infraestrutura, mas citou que seria interessante buscar junto à Secretaria de Educação a possibilidade de antecipar o envio dos recursos do Termo de Colaboração. Este valor é enviado diretamente às escolas para que façam pequenas reformas ou aquisições, referentes ao primeiro trimestre.
Segundo Ana Lúcia, receber o recurso em janeiro permitiria que as obras necessárias pudessem ser concluídas antes de iniciar o período letivo, antes das crianças voltarem para a escola. No ofício à Prefeitura, a comissão também pergunta se há cronograma previsto para manutenção dos parquinhos das escolas.
Já na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Emeief) Padre Maurício Sebastião Ferreira, as parlamentares ouviram outras queixas. Elas foram recebidas pela vice-diretora Vanessa Sala Soares de Souza Oliveira. A escola atende 580 alunos, do berçário 2 ao 5º ano do ensino fundamental.
A principal demanda da escola é a falta de monitores. Para completar o quadro, há necessidade de mais quatro profissionais – a Prefeitura anunciou a abertura de contratação temporária. Vanessa também mencionou que precisam de cuidadores para os alunos com necessidades especiais, tarefa hoje desempenhada pelos monitores.
A vice-diretora falou que é necessário fazer uma reforma na cozinha, para trocar o forro de PVC por laje, uma vez que não é possível fazer a limpeza da gordura que gruda no forro, e a manutenção em alguns brinquedos do parquinho, que estão interditados.
As parlamentares também foram abordadas por servidoras da escola, de diversas áreas, que reforçaram a necessidade de contratação de mais monitores e falaram que é preciso comprar materiais de qualidade para enviar às escolas. Como exemplo, citaram o giz colorido que foi enviado pela Prefeitura. Segundo elas, são muito claros e não diferenciam do branco na lousa, dificultando o entendimento dos alunos. “As professoras estão comprando giz colorido do próprio bolso”, disse uma servidora, que também falou da baixa qualidade do lápis e dos cadernos fornecidos para as crianças.
No ofício à Prefeitura, as vereadoras perguntam qual o planejamento para a contratação de monitores escolares e se há previsão de contratação emergencial para o cargo e para cuidadores.
Foto: Câmara de Limeira
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